Mais ágil que uma tartaruga, mais forte que um rato, mais nobre que uma alface, seu escudo é um coração, ele é o Chapolin Colorado, surgiu dessa forma o lema de um dos personagens de quadrinhos mais emblemáticos da história do México, resultado da imaginação de Roberto Gómez Bolaños, o ‘Chespirito’, conhecido no Brasil por interpretar o eterno Chaves.

O Chapolin é um herói bastante peculiar e diferente de todos os outros, não tem superpotência, não tem superforça, supervelocidade ou superinteligência, para falar a verdade, é bastante desajeitado e às vezes um tanto medroso, mas apesar disso, ele traz a coragem necessária para enfrentar seus rivais a fim de salvar as pessoas que mais precisam.

Nas palavras do próprio Chespirito:

“Heroísmo não consiste em ter falta de medo, mas em superá-lo. Como o Batman, o Superman não tem medo, são todos poderosos, não podem ter medo. O Chapolin Colorado está morrendo de medo, é desajeitado, tolo fraco, etc. E ciente disso, ele enfrenta o problema e isso é um herói”.

Por falar nas origens do personagem, seu nome completo é Chapolin Colorado Lane, filho do entomologista Pantaleón Colorado y Roto e Luisa Lane, seu pai escolheu esse nome por ser fascinado por insetos, em um chapéu colocou os nomes de 4 insetos e ao acaso ele tirou um, felizmente era o gafanhoto, já que os outros três eram gorgulho, libélula e besouro.

As pessoas sempre se perguntaram qual seria a origem de um nome tão peculiar, principalmente o de seu pai, lembrando que o Chapolin era primo de segundo grau de Juan Colorado e sobrinho-neto de Chucho el roto , daí uma origem tão surpreendente, o jovem Chapolin por onde estudou Instituto do México , mas só chegou ao segundo ano do ensino médio.

Em sua breve etapa escolar, conheceu Tripaseca que se tornaria seu amigo, mas com o tempo tomariam caminhos totalmente diferentes, o gafanhoto escolheu o caminho do heroísmo enquanto Tripaseca decidiu seguir o caminho do mal, no final voltariam a encontrar e se enfrentam, deixando de lado a amizade que haviam cultivado anos atrás.

Quando não está em seu papel de herói, Chapolin faz todo o possível para se vestir como uma pessoa comum para poder realizar suas atividades diárias sem ser reconhecido, entre as roupas que usa está um bigode falso e óculos.

As pessoas amam o Capolin, sempre que estão envolvidos em um problema, gritando “Oh, agora quem pode nos defender?” O herói de que todos precisam aparece, apesar de cair, acertar tudo em seu caminho, esquecer os dizeres ou às vezes não mostrar muita inteligência, o gafanhoto sempre encontra um jeito de salvar o dia.

Caracterizado pela sua típica malha vermelha, as suas treliças amarelas, um coração amarelo no peito com as iniciais do seu nome, é como o identificamos, além de possuir duas antenas de vinil que o alertam para a presença de qualquer inimigo que esteja por perto, a sua marreta biônica com a qual bate em qualquer pessoa que se encontre à sua frente e com uma corneta paralisadora que pode deter os inimigos.

A primeira aparição de Chapolin Colorado foi no programa “Os super gênios da mesa quadrada” em 1970; a ideia original era a de que outra pessoa interpretasse o personagem, mas no final foi Chespirito quem lhe deu vida. De início ele ia ser verde e seu nome Chapulín Justiciero (Chapolin Justiceiro).

O herói foi bem aceito e ofuscou o maior sucesso de Bolaños até então e ganhou espaço próprio. Os estilos de humor dos dois programas eram bem diferentes: “Los supergenios” fazia piada em cima de notícias do dia-a-dia. O herói pela sua fama, foi vendido a empresa de hipermídia (DC Comics do México) em 1975, e foi ficando cada vez mais famoso no Norte e Sul Americano.

Lidava com o factual e muitas vezes se referia a questões políticas. Tinha, portanto, um humor datado, além de ser um programa eminentemente adulto. Chapolin, ao contrário, não tinha piadas datadas, o que permitiu que o programa durasse muito tempo. Possuía um humor abrangente e, assim, mais comercial.

Leia o post Chapolin Colorado: Um herói latino-americano na íntegra em Jornal Cinco.