Mesmo com o alerta do Ministério da Defesa para o risco de sucateamento das Forças Armadas por falta de verba, o Exército Brasileiro aprovou o gasto de R$ 3,9 milhões para fazer um game.
O Missão Verde-Oliva, cuja existência foi revelada pelo jornal Folha de S.Paulo há um ano, visa popularizar os militares entre os jovens consumidores de jogos eletrônicos, um mercado de 76 milhões de pessoas que movimenta quase R$ 10 bilhões por ano no país.
Questão de prioridades à parte, há um problema adicional: o valor, que é o dobro do que a Defesa gastou com apoio à presença brasileira na Antártica e equivale ao aplicado em pesquisa aeroespacial em 2020, não é suficiente para fazer um produto viável.
“A sensação é de que o investimento é um risco enorme. Não há como construir um jogo com qualidade gráfica realística AAA [padrão-ouro do mercado]. O escopo, utilizando um orçamento limitado como este, é também limitado”, diz Thiago Freitas.
Ele preside a Kokku, estúdio recifense que se tornou a sensação do mercado de games brasileiro. Como já havia avaliado no ano passado, para começar a brincadeira seriam necessários cerca de R$ 15 milhões, e ainda assim com expectativas baixas de resultado.
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