Inaugurada no dia 8 de Dezembro de 1891 por iniciativa do engenheiro Joaquim Eugênio de Lima e Dr. Clementino de Souza e Castro, a Avenida foi pensada como forma de criar novas áreas residenciais em São Paulo (sim, o principal centro financeiro do Brasil foi pensado inicialmente como área residencial!). Seu nome seria Avenida das Acácias ou Prado de São Paulo. Mas Joaquim Eugênio declarou:

Avenida Paulista em sua inauguração em 1891. (imagem: Wikimedia Commons)

Joaquim Eugênio de Lima associou-se a João Borges de Figueiredo e João Augusto Garcia e compraram vários terrenos na região, que era passagem de boiadas a caminho do matadouro. O plano da avenida foi elaborado pelo agrimensor Tarquinio Antonio Tarant e, como deveria ser plana, exigiu o aterro de um vale na atual Avenida 9 de julho. A Avenida Paulista tinha cerca de três quilômetros de comprimento e trinta metros de largura e era dividida em três faixas: uma para bondes, a do centro para carruagens e a outra para cavaleiros, todas ladeadas por magnólias e plátanos. Foi inaugurada junto com a linha de bondes.

Em 1909 a Avenida se tornou a primeira via pública asfaltada de São Paulo.

No fim do anos 1920, seu nome foi alterado para avenida Carlos de Campos, homenageando o ex-presidente do estado, mas a reação da sociedade fez com que a avenida voltasse a ter o nome com o qual foi criada e é conhecida até os dias de hoje.

Durante as décadas de 1960 e 1970, seguindo as diretrizes das novas legislações de uso e ocupação do solo, e a valorização dos imóveis incentivada pela especulação imobiliária, começaram a surgir os primeiros "espigões" - edifícios de escritórios com 30 andares em média. Nessa época foram criados os calçadões com os mosaicos portugueses, que ainda são vistos em pequenas partes da avenida, onde os prédios são tombados pelo patrimônio histórico.

Na Paulista, estão prédios históricos e icônicos de São Paulo, como, o Masp, o prédio da Fiesp, a Casa das Rosas, o Conjunto Nacional, além de possuir um parque, o Trianon.

Pelos seus 2.700 metros desfilam cerca de 1,5 milhão de pessoas, de todas as tribos de todos os tipos. Desde executivos engravatados até hipsters.
A esquina com a Augusta já se tornou um point dos artistas de rua.

No fim de ano ganha outras cores, com os prédios iluminados com as luzes de Natal.

Já foi palco de inúmeros protestos e festas, hoje abriga alguns eventos anuais, como a Parada Gay, a tradicional corrida de São Silvestre e a principal festa de Réveillon da cidade.