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De Volta à Ásia: Laos, Vietname e Cambodja

Em 2012 fiz uma viagem que para mim foi memorável. Há muito que queria ir para a Tailândia mas Depois de pesquisar nas agências de turismo não fiquei muito agradado com as limitações impostas pelas mesmas e pelos preços exorbitantes. Os preços rondavam os 1200 a 1600 euros por pessoa e apenas incluíam 6 dias efectivos naquele paraíso, ou seja, vinte e tal horas de avião e depois 2 dias em Banguecoque e 4 dias em Phuket ou Phi-Phi. E foi então que organizei a minha primeira grande viagem, cujo relato conto aqui. Fiquei perto de vinte dias, vi Banguecoque, Ayutthaya, Chiang Mai, Phuket e Phi-Phi, fiz muitas excursões e diverti-me imenso e gastei o mesmo valor que a agência me pedia para 6 dias!!!

A experiência correu lindamente e, passados estes anos, decidi voltar para visitar os países vizinhos numa longa e louca viagem (não tão louca como alguns que ficam lá meses e meses, mas eu tenho emprego  e não vivo na casa dos meus pais!). A ideia era visitar o Laos, Vietname e Cambodja em 27 dias sem exagerar muito no roteiro, e no fim acho que correu muito bem, o que correu menos mal eu vou aqui referir para que não cometam o mesmo erro.



Itinerário: 

01 - Lisboa/ Madrid/ Pequim/ Banguecoque
02 - Banguecoque
03 - Banguecoque
04 - Vienciana
05/ 06/ 07 - Vang Vieng
08/ 09/ 10 - Luang Prabang
11/ 12 - Hanoi/ Halong Bay
13 - Hué
14/ 15 - Hoi An
16 / 17 - Ho Chi Minh
18/ 19/ 20/ 21 - Phu Quoc
22 - Ho Chi Minh
23 - Phnom Penh
24/ 25/ 26 - Siem Reap
27 - Banguecoque - Fim de viagem
 
 Dia 1 - Banguecoque

Ora como disse no início deste post, eu já aqui estive em 2012 e por isso ( e porque tenho pouco tempo) a Tailândia não entrou  neste roteiro, apenas 2 dias na capital para descansar das 30 horas de viagem!!! Quem quer incluir a Tailândia neste roteiro deve adicionar no mínimo 3 semanas. E não pensem que só porque as agências conseguem incluir uma parafernália de destinos e actividades em apenas 7 ou 15 dias de viagem que isso é exequível! Por isso devemos ser realistas na hora de fazer o nosso roteiro pois devemos contar com alguns imprevistos, com o cansaço e o orçamento, é claro.
Ora voltando atrás, as referidas 30 horas de viagem levam-me ao erro número 1: Onde eu estava com a cabeça quando escolhi um voo de 2 escalas??? Brasileiros por favor ignorem este erro número 1 pois para vocês é bem normal fazer muitas escalas para chegar neste lado do globo!! Já eu fui escolher este voo por causa da porcaria de 100 euros mais ou menos!

Do aeroporto para a cidade (Silom ou China Town):
Na chegada ao aeroporto internacional existem algumas opções para seguir para o centro da Cidade. Eu não recomendo muito o táxi porque existem demasiados esquemas e quem sai a perder somos nós. Quase ninguém usa táximetro ( apesar de dizerem o contrário) e eu não tenho paciência para as negociatas! Por isso fui de sky train que foi uma óptima opção, rápida e barata. Basta seguir as indicações para SA ligação ferroviária (no porão). Comprar ingressos para City Line para Makkasan.Em Makkasan, siga as indicações para a estação MRT Phetchaburi (metro) onde compra outro bilhete para a estação ferroviária Hualampong.Tudo isto fica em torno de 3 euros!!
 A China Town e Silom Square são zonas bem próximas à estação Hualampong onde poderá apanhar o comboio da noite para Nong Khai (para quem segue para Vientiane).
Quem deseja ficar noutras zonas da cidade como Khao San Road ignore o Sky train pois a estação final ainda fica longe da rua e teria que ir de taxi de qualquer maneira. Aí terá que enfrentar o táxi e boa sorte. Não se esqueça de pedir (tentar) ao motorista que ligue o táximetro e nada de negociar. Se ele não quiser procuro outro até conseguir. Serão mais ou menos 400 THB até ao centro.
Também pode ir no autocarro (airport bus) que custa 150 THB e o deixa no final da Khao San road.

 

Chegando:
No primeiro dia chegamos por volta das 16h,  e depois de deixarmos as malas? no hotel.., espera lá! Onde estão as malas?! Ah pois é! Já me esquecia que a Air China (oh Meu Deus) fez o favor de perder as malas, ou delayed como eles preferem dizer! Então só houve malas no dia seguinte... Entretanto lá fomos nós para a China Town em ténis, calças de ganga e blusa interior desfilar nos 40 graus de uma das cidades mais sufocantes do mundo! Depois de ir buscar os meus bilhetes de comboio para Vienciana, tivemos de comprar umas roupinhas mais tarde na Silom Square.


Dia 2 - Banguecoque/ comboio da noite para Nong Khai

A China Town em Banguecoque é um "mundo" de ruas e ruelas e é uma atracção bem popular na cidade onde podemos encontrar de tudo, desde a famosa comida de rua, lojas, mercados, templos e muito mais.
Depois de almoçar seguimos para o Wat Traimit, um dos templos famosos que ainda não tinha visto na cidade. 








Depois de visitar o templo segui em direcção ao rio Mekong uma vez mais, relembrando os momentos maravilhosos que por aqui passámos em 2012 na nossa primeira visita ao país. Passámos também pelos templos e depois um  merecido descanso num jardim ali perto.
Depois foi voltar para o hotel para buscar as malas e seguir para a estação Hualamphong onde o nosso comboio aguardava.

A melhor maneira de viajar entre Banguecoque e Vienciana é no comboio da noite. Não só os voos entre os dois países são muito caros como também tomam muito tempo no nosso roteiro. Viajar no comboio da noite ajuda a poupar tempo e dinheiro, uma vez que não precisa reservar um hotel e pode ser uma experiência bastante positiva, pois conhecemos pessoas de todo o mundo.

Foto: seat61.com
Foto: seat61.com


O ar condicionado é prioridade neste comboios, pois nunca me esqueço da viagem que fiz entre Chiang-Mai e Banguecoque em 2012 em que quase torrava vivo!!
Não é boa ideia comprar o bilhete na estação Hualamphong pois os ingressos esgotam rapidamente especialmente em alturas de celebrações. Eu comprei os meus bilhetes com antecedência através da 12Go Asia e correu lindamente. Quando cheguei foi só levantar os bilhetes no escritório da 12Go Asia que fica mesmo em frente à estação Hualamphong.

Dia 3 - Nong Khai/ Vienciana

À chegada a Nong Khai seguem-se as formalidades de saída da Tailândia onde apenas controlam o seu passaporte, depois tempos de atravessar a ponte num autocarro e aí seguem-se as formalidades de entrada no Laos. Para entrar no Laos é necessário um visto que pode ser obtido à chegada no país.É muito importante levar DÓLARES pois se não temos de pagar em THB e a conversão faz disparar o preço dos vistos. No meu caso como não consegui arranjar dólares em Banguecoque (leve de casa) tive de pagar em THB. No total, ao invés de pagar 35 euros acabei pagando 50 após a conversão criminosa das autoridades locais!!!! É também necessário uma foto tipo passe, mas se não a tiver não há problema pois por 1 dólar eles tratam disso, mas vai levar ainda mais tempo!
As filas são intermináveis e as formalidades podem levar bastante tempo, pois é preciso preencher um monte de papelada inútil e esperar que os papéis passem de guiché em guiché até chegar nas suas mãos junto com o visto no passaporte!



http://pt.vietnamitasenmadrid.com





Depois das formalidades, começámos a procurar por meios de transporte para percorrer os quase 30 km que ainda faltavam para a capital Vienciana. Logo apareceu um senhor num Songthaew (pick-up adaptada a transporte colectivo) a oferecer os seus serviços por apenas 3 euros. É possível pagar bem menos se tiver a paciência de esperar pelo autocarro verde que ali para, mas demora muito mais tempo a chegar à cidade.

http://rejse-til-thailand.dk


O Laos é um país encantador mas muito pobre. Nos 30km que percorremos conseguimos um vislumbre do que é a vida no país. As habitações são muito precárias, sendo na sua maioria barracas de madeira e lata sem qualquer tipo de luxo, muito menos água potável e sistemas sanitários. Nas ruas as crianças brincam descalças, saltitantes e alegres, alheias a todas as dificuldades que as rodeiam...
As estradas são um pesadelo e são do pior que já vi, e passámos pouco tempo nelas, pois temos que nos desviar das enormes crateras e também de algumas vacas que a atravessam na maior das despreocupações!! Qualquer percurso de 100km leva o triplo do tempo e se torna num pesadelo.

Foi com enorme espanto que chegámos a Vienciana, uma cidade muito limpa e organizada com as suas habitações de influência colonial francesa.
É uma cidade muito voltada para o turismo, com bons alojamentos, restaurantes, bares e padarias onde se vende aquela baguete maravilhosa com sabor a côco!
É bem pequena a capital do Laos, e suas atrações principais podem ser vistas em apenas um dia. Por isso, alugámos umas bicicletas e partimos à descoberta passando por...

Patuxai Victory Monument






That Dam (Black Stupa)
Wat Sisaket


Reclining Bhuda

Pha That Luang


À noite jantámos num restaurante bem agradável com música ao vivo, acompanhados de uma cerveja "Beerlao" bem fresquinha e baratinha!
Depois uma visita ao mercado da noite onde se pode encontrar de tudo a preços bem baratos. Comprei uns calções por 3 euros e umas t-shirts bem porreiras! 

Dia 4 - Vienciana/ Vang Vieng

Decidi fazer a viagem entre Vientiane e Vang Vieng de mini bus aconselhado pelo recepcionista do hotel, que nos alertou para o mau estado das estradas. De autocarro demora muito mais tempo, cerca de 4 a 5 horas, enquanto que de mini bus fica por 3 horas.
Cerca de 3 horas depois chegávamos à rua principal de Vang Vieng. De início foi um choque, pois o que encontramos foi uma avenida de casas empoeiradas e completamente deserta! Pensei para mim o que estaria lá a fazer! Depois de deixarmos as malas no hotel, começamos a percorrer as ruas e foi então que percebemos que a cidade era maior do que parecia à primeira vista, especialmente quando chegámos às margens do Rio Nam Song! Uau! Que imagem! Um rio de águas transparentes, ao fundo uma cordilheira de montanhas rochosas completam o enquadramento. 





A cidade, apesar da sua afluência turística, parece perdida no tempo. As suas construções são ainda antigas, tal como as acessibilidades. À parte das ruas principais, as restantes são de terra batida e ainda existem pontes de madeira e de bambu, suspensas por cabos ou cordas. Quase toda a cidade se encontra do lado oeste do Rio Nam Song, do lado este existem apenas pequenas povoações dispersas, ligadas por estradas rudimentares de terra batida.

Vang Vieng tem uma atracção, fútil do meu ponto de vista, que a tornou bastante popular entre os jovens turistas do sudeste asiático nos últimos anos. Chama-se Tubbing, e consiste em descer o rio de bóia, parando de bar em bar para beber até cair para o lado! Os "praticantes" são largados cerca de 5km a norte e depois vão descendo o rio de bar em bar. A loucura chegou a ser muito maior até meados de 2011, quando o número de fatalidades por afogamento entre os turistas praticantes desta modalidade chegou  21!! Existiam montes de bares à volta do rio, e o consumo de drogas e álcool em excesso era generalizado. A cultura deste local maravilhoso estava em perigo, e foi então que em 2012 o governo levou a cabo uma acção de limpeza nas margens do rio em que demoliram a maior parte dos bares devolvendo a pacificidade e a beleza da zona ribeirinha! 
Tenho sorte de ter visitado Vang Vieng nesta nova era do turismo na região, pois sou amante da natureza e este tipo de excessos não são para mim. É claro que ainda existe muita loucura na cidade mas nada que se compare com os anos anteriores.

Na parte da tarde decidimos explorar a zona oeste do rio. Alugámos uma scooter (não é necessário carta nem capacete, mas aconselho o uso do mesmo pois as estradas são muito acidentadas) passámos uma ponte de madeira para o outro lado e aventurámo-nos. A paisagem é essencialmente plana, com os seus campos agrícolas e vilarejos de cabanas de madeira e bambu, rodeada por montanhas escarpadas que parecem nunca mais acabar. As pessoas vivem essencialmente da agricultura e pecuária...








 

Existem várias cavernas na zona e foi exactamente isso que nos levou a visitar esta zona rural. Alguns quilómetros depois chegámos a uma gruta magnífica, e depois de alugarmos umas lanternas subimos a encosta escarpada e chegámos ao início do percurso. Eramos as únicas pessoas lá dentro e andámos centenas e centenas de metros na escuridão, apenas com as nossas lanternas na cabeça. A gruta é enorme e nunca chegámos a encontrar o final, pois achamos melhor voltar para trás devido à sinuosidade do percurso. Mas valeu pela experiência, algo que nunca poderíamos fazer num país desenvolvido devido às normas de segurança! 

 








No regresso à cidade passámos pela famosa Lagoa Azul, sobrelotada de turistas o que lhe retira o encanto todo. É uma linda lagoa de águas cristalinas e bem geladinhas, o que em dias muito quentes tem o seu lado bom. Mesmo ali ao lado fica a Caverna Tham Phu Kham, acessível através de uma escadaria vertiginosa de 200 metros, fora de questão para quem não está na sua plena forma!!





O jantar nessa noite foi muito bom. A comida aqui é bem diferente de outros países asiáticos e é à base de grelhados essencialmente. Entrecosto, entremeada, frango, tudo pinceladinho com um molho agridoce e acompanhado com o popular "sticky rice", fazem as delícias do turista. A não perder também, o famoso peixe do rio, e tudo a preços inacreditáveis. Uma refeição para 2 pessoas, com 2 cervejas Beerlao de 600ml fica por volta de 10 ou 12 euros!!




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