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Embondeiro


EMBONDEIRO

Ali, só, fantasma insaciado,
eremita de pélagos distantes
ei-lo, gigante a procriar gigantes,
ei-lo apóstolo e dragão
das Noites tenebrosas, agoirentes,
das noites pardacentas do sertão.
fazem-me Crer pedaços de montanhas
ali os vejo e... oh sensações estranhas,
secretas emoções,
fazem-me crer pedaços de montanhas
deixando interjeições!
Olimpico titã de ousadas fantasias,
vagabundo faminto, sobrio, só, 
erguendo os braços rudes e mirrados
em caminhos de pó,
lembram-me mais o grito de aflição
desta África adiada:
a fome a caminhar pelo sertão,oo
a trágica visão à beira-estrada!

Poesia de Eduardo Brazão - Filho


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