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Segurança no sono do bebê: 15 dicas para evitar acidentes

Um dos motivos que mais tira a tranquilidade dos pais é com relação a segurança no sono do bebê, principalmente quando o berço já não fica no quarto deles.

A incerteza se seu bebê terá um período de sono seguro acaba preocupando muitos pais. Afinal, como, de fato, garantir a segurança do sono das crianças?

Preocupações com vômitos, engasgos e se ele poderá ou não se virar no berço são constantes, principalmente nos primeiros meses de vida do bebê.

Segundo dados da ONG Criança Segura, no Brasil, a principal causa de morte acidental de crianças de até um ano de idade é a sufocação durante o sono. Infelizmente, os números confirmam isso, com cerca de quase duas mortes por dia.

Porém, nada assusta mais um pai ou mãe do que a ainda pouco explicada Morte Súbita e Inesperada do Bebê (SUID – Sudden unexpected infant death).

Não existem dados nacionais oficiais sobre os casos de SUID, mas estima-se que eles atinjam a marca de 1 a cada 10 mil nascimentos. Isso equivale a 268 episódios por ano no Brasil, considerando a quantidade de crianças nascidas em 2022.

Por esse motivo, inúmeros pais (sejam de primeira viagem ou não) pesquisam dia e noite sobre como deixar o sono do bebê mais seguro.

Além disso, se levantam com frequência para constatar que a respiração do recém nascido está normal, mas nem assim conseguem ficar completamente tranquilos.

Porém, a boa notícia é que, segundo os estudos, 90% das mortes por acidentes podem ser evitadas com a adoção de medidas simples de prevenção.

Além da estrutura do bercinho e da qualidade da roupa de cama, há outras medidas indispensáveis para garantir a segurança do sono das crianças.

Separamos aqui 15 dicas eficazes para te ajudar a manter a segurança no sono do bebê.

Confira!

Bebê deitado em berço branco, com manta azul. Crédito da foto: Freepik

O que você precisa saber sobre Morte Súbita e Inesperada do Bebê

Primeiramente, vamos entender o que é isso. A Morte Súbita e Inesperada do Bebê, também chamada de Síndrome da Morte Súbita do Lactente ou “Morte do Berço” se refere ao óbito que ocorre durante o sono de crianças com menos de um ano de idade e cuja história clínica, exame físico, necropsia e exame do local do óbito não são capazes de demonstrar a causa específica da fatalidade.

Como o próprio nome diz, é inesperada. Mas esse tipo de morte não é recente, há relatos de morte de lactentes durante o sono há muito tempo, inclusive possui passagens bíblicas a respeito.

Podemos dividir os casos de SUID em três categorias:

  • Síndrome da Morte Súbita Infantil, considerada a principal causa de morte de crianças no primeiro ano de vida, quando nem a autópsia completa explica conclusivamente o motivo do óbito.
  • Morte por causa desconhecida, quando a morte súbita permanece indeterminada com inconclusão da investigação.
  • Sufocação acidental ou estrangulamento na cama, quando a morte acontece com causa ambiental esclarecida, como um travesseiro cobrindo o nariz ou a boca ficando pressionada contra a cama macia.

Bebê deitado de barriga para cima em berço de madeira. Crédito da foto: Freepik

Segurança no sono do bebê: como criar um ambiente seguro?

Como dissemos acima, o medo de que o bebê morra dormindo vem tirando a calma de mães há muito tempo. E com razão!

Após investigação, uma SUID pode ser identificada como morte por sufocamento ou estrangulamento acidental na cama e nos lençóis, infecção, engasgo, lesão ou disfunção cardíaca ou metabólica. Quando não se identifica a causa, considera-se síndrome da morte súbita do lactente (SMSL).

Não se sabe ao certo o que leva à SMSL; o modelo de triplo risco é utilizado para explicar a síndrome: uma criança aparentemente saudável, com alterações nas respostas excitatórias, polimorfismo genético (imperceptíveis a olho nu) sofre um estímulo externo, em um período crítico de vida. É a principal causa de óbito de lactentes de 1 a 12 meses de vida, sendo o período de maior risco o de 2 a 4 meses de vida (91% dos casos ocorrem entre 1 e 6 meses de vida).

Entre os principais fatores de risco estão: filhos de mães com menos de 18 anos de idade; filhos de mães que fumaram; filhos de mães que ingeriram álcool ou usaram drogas na gestação; mães que fizeram pré-natal tardiamente ou não fizeram; bebês com baixo peso ao nascimento; pré-termos, etc.

Desde a campanha Back to sleep, iniciada na década de 1990, muitas vidinhas foram salvas com o reposicionamento dos bebês para dormirem com as costas em uma superfície firme, de barriga para cima.

Mesmo assim, dados americanos mostram que ainda há morte inesperada de 3.400 bebês menores de 1 ano de idade todos os anos, nos EUA. Mas por que ainda morrem tantos bebês? Será desinformação?

A velocidade com que as informações se disseminam na atualidade é espantosa, tanto para o bem, como para o mal. Fake news se disseminam rapidamente como verdades, opiniões de pessoas despreparadas, sem embasamento científico algum, também ganham tons de verdades absolutas em segundos.

Por isso, vamos aproveitar essa velocidade e disseminar conceitos bem estabelecidos!

Bebê em pé, apoiando no berço branco. Crédito da foto: Freepik

Segurança no sono do bebê: 15 dicas para evitar acidentes

A seguir, vamos ver dicas para amenizar essas chances e proporcionar uma noite mais tranquila e segura ao bebê.

1. A melhor posição é dormir de barriga pra cima

A Academia Americana de Pediatria recomenda que os pequenos sejam posicionados com a barriga para cima na hora das sonecas e também na hora de dormir, justamente para evitar o risco da síndrome de morte súbita.

Essa é a posição mais segura, mas infelizmente, um estudo publicado na revista Pediatrics mostrou que muitos pais ainda não seguem essa orientação.

Por isso, é essencial para a segurança no sono do bebê que ele durma apenas de barriga para cima, pois assim a criança respira melhor, pois a anatomia das vias aéreas tem mecanismos de proteção.

Além disso, ela tem menos risco de engasgo – caso vomite, por exemplo, ela irá girar a cabeça para o lado.

Então, o que importa é o tronco estar de barriga para cima (supinada). Depois de uns meses, quando o bebê começar a virar, ele já terá adquirido a capacidade de desvirar.

A posição pronada (de barriga para baixo) é apenas para quando o bebê estiver acordado e sob observação integral. O tummy time, ou tempo da barriguinha, é até positivo para despertar a curiosidade da criança e ajudar a fortalecer o pescoço.

Em alguns casos de recém-nascidos com refluxo gastroesofágico, o médico pode recomendar o sono de barriga para baixo.

Assim, é fundamental seguir essa recomendação na hora de colocá-lo para adormecer. Jamais coloque o bebê para dormir de bruços, pois as chances dele se asfixiar ou engasgar são muito altas.

2. Verifique se o colchão se acomoda perfeitamente ao berço

De acordo com regulamentação do Inmetro, o espaço entre as extremidades do berço e o colchão não deve ultrapassar 3 centímetros.

Dessa maneira, se o colchão for comprado separadamente, o manual de instruções do berço deve especificar dimensões e densidade apropriadas para aquele móvel específico.

Isso porque um vão grande entre berço e colchão representa risco de asfixia a um bebê que possa ficar com o rostinho parado ali.

Além disso, o colchão deve ser firme, sem travesseiro e protetor de berço. Mas por que não pode usar protetor de berço? O principal motivo pelo qual o seu uso é contraindicado é o risco de sufocamento, já que a criança pode se mover dentro do berço, chegar muito próxima do acessório e sufocar-se caso ele cubra total ou parcialmente o seu rosto.

O mesmo também vale para outros itens, como: cobertores, edredons, mantas, travesseiros, pelúcias, etc.

Sendo assim, deixe o ambiente fofinho para quando a criança já tiver mais idade. Como dissemos, a criança deve dormir em um colchão firme, que não se molde ao seu corpo, para reduzir o risco de sufocamento.

Por esse mesmo motivo, menores de um ano também não devem dormir na cama dos pais, cujo colchão pode não ser o mais adequado.

Por fim, não coloque mais do que um bebê para dormir no mesmo berço (isso inclui gêmeos e outros múltiplos).

Leia também: Como fazer seu bebê dormir e ter um sono tranquilo

Bebê dormindo de barriga para cima no berço. Vista de cima. Crédito da foto: Freepik

Segurança no sono do bebê – 3. Use lençol de elástico, bem ajustado

Do mesmo modo, o lençol deve estar sempre bem ajustado ao colchão, de forma a evitar que ele escape e o bebê se enrosque.

Dessa forma, recomenda-se o uso de lençóis de elástico, que ficam bem presos às extremidades do colchão, eliminando riscos e garantindo uma superfície lisinha e confortável.

4. Meça a distância entre as barras verticais do berço

Berços com grades ou barras na vertical são modelos muito escolhidos pelos papais, mas que devem ser avaliados com cuidado.

Antes de comprar este modelo, meça a distância entre as barras verticais ao redor, pois ela não deve ultrapassar 6,5 centímetros (veja aqui as regras).

Para ser ter uma ideia,  uma latinha de refrigerante não pode caber no meio, na horizontal. Isso garante que não haverá riscos de a cabeça do bebê ficar presa.

Do mesmo modo, evite deixar no berço dispositivos de bateria ou de fios, como a babá eletrônica. Esses equipamentos podem representar risco tanto de queimaduras como de asfixia.

Também não deixe objetos soltos, como brinquedos, móbiles, almofadas e bichinhos de pelúcia. Eles aumentam significativamente o risco de sufocamento.

5. Cuidado com pinturas de chumbo nos berços

Se o berço usado for muito antigo, ele pode conter pintura com chumbo. O ideal, nesses casos, é lixá-lo completamente e pintá-lo com uma camada de tinta sem chumbo.

Em geral, bebês costumam morder as bordas do berço e podem ingerir partículas de chumbo, um metal pesado que pode causar intoxicação, problemas de aprendizagem e outros distúrbios neurológicos.

Boa parte dos berços mais modernos é coberta por laca, um material inofensivo e fácil de limpar. Dê preferência a este material!

Segurança no sono do bebê – 6. Evite bichos de pelúcia e travesseiros

Como já dissemos anteriormente, para garantir a segurança do sono das crianças, outros pontos devem ser observados como, por exemplo, o uso de travesseiros e bichinhos de pelúcia.

Mesmo sendo fofinhos, eles não devem fazer parte desse momento, apenas quando ele estiver mais velho, já que o bebê pode se enrolar em alguma coisa, se sufocar e até mesmo engolir partes pequenas de algum objeto.

Da mesma forma, não use travesseiros no berço, pois os bebês precisam dormir em superfícies firmes e retas. O travesseiro é absolutamente desnecessário durante o primeiro ano de vida.

Veja aqui: Qualidade do sono do bebê – Como garantir?

Adulto instalando para-lamas no berço para a chegada de um bebê. Crédito da foto: Freepik

Táticas para garantir a segurança no sono do bebê

7. Cuidado para não superaquecer o bebê com excesso de roupas

Para garantir a segurança do sono das crianças, não superaqueça o bebê. Isso aumenta a chance de morte súbita, portanto você deve vestir seu filho de maneira confortável para o clima do dia.

Também é necessário ter atenção aos agasalhos e a temperatura, então você deve usar mantinhas e cobertores para que ele não passe frio, porém nunca cubra completamente o bebê. A forma correta de cobrir a criança é deixando o cobertor na altura do peito e preso firmemente nas laterais e no pé do colchão.

Em geral, a criança deve estar com uma camada a mais de roupa do que você. Apenas isso! Também não deve cobrir a cabeça nem as mãos do seu filho, pois são pelas extremidades que ele regula a sua temperatura.

Além disso, pijamas de corpo inteiro, com pezinhos ou sacos de dormir são as alternativas mais seguras para o bebê dormir. Fique atenta com shorts e calças com cordões, além de roupas muito justas. Também não ponha gorro para dormir. Luvas, só as que não se soltam da roupa.

Segurança no sono do bebê – 8. Não deixe o berço próximo à janela

Continuando nossas dicas, jamais deixe o berço próximo a uma janela, por questões de segurança e saúde – geralmente, essas áreas são mais frias.

Portanto, posicione o berço distante de janelas, luminárias, enfeites de parede, fios ou móveis que possam ser usados como apoio para pular.

Dessa forma, você garante que, ao acordar, o bebê ficará quietinho até que você possa retirá-lo do berço e não irá aprontar nenhuma peripécia por conta própria.

Mamãe supervisionando seu bebê dormindo no berço. Crédito da foto: Freepik

9. Monitore o bebê

Para garantir que está tudo bem com o seu bebê, vale dar uma passadinha durante a noite, no quarto, e espiar a soneca do pequeno.

Vale, ainda, apostar em babás eletrônicas para ficar atento caso você não ouça o choro do pequeno.

No entanto, o monitoramento deve ser saudável! Você não precisa, por exemplo, usar monitores cardiorrespiratórios como uma estratégia de reduzir o risco de morte súbita. Não entre nessa paranoia!

Por fim, se você não está em casa a todo momento, quando o pequeno dorme ou cochila, é essencial informar a quem cuida dele sobre os cuidados com a segurança no sono do bebê.

Assim, mamãe, papai, avós e babás estarão preparados para garantir que os pequenos durmam como anjinhos!

10. Pode dormir no quarto dos pais, porém não na mesma cama

Idealmente, durante o primeiro ano de vida (especialmente nos primeiros seis meses) a criança deve dormir no mesmo quarto que os pais, porém não na mesma cama. Isso pode reduzir o risco de morte súbita e inesperada em até 50%.

Além disso, estar no quarto com adultos pode ajudar na prevenção de sufocamento e estrangulação. Porém, nunca durma com seu bebê na mesma cama!

Com base nas evidências, a Academia Americana de Pediatria, entre outras, não recomenda o compartilhamento da cama com o bebê em nenhuma circunstância.

Isso porque, se a pessoa que estiver na mesma cama que o bebê tiver alteração de estado de alerta, se for fumante atual ou se a cama for uma superfície mais macia, o risco de óbito aumenta em dez vezes.

Do mesmo modo, sofás e poltronas são lugares perigosos para o sono: aumentam de 22 a 67 vezes o risco de SMSL.

Veja aqui: Como praticar a higiene do sono com os filhos?

Mãe sentando ao lado do berço de seu filho. Crédito da foto: Freepik

11. Se necessário, peça ajuda profissional

Enfermeiras de obstetrícia e maternidade são altamente treinadas em segurança do sono do bebê.

Por isso, não se deixe levar por modismos: pergunte ao seu pediatra, informe-se sobre segurança. Tire todas as dúvidas e pergunte a mesma coisa quantas vezes for necessário.

Se possível, tenha o contato de um profissional da saúde especialista para dificuldades ou dúvidas de última hora.

Além disso, agende e vá às consultas de Puericultura de seu bebê e vacine-o sempre conforme o calendário.

12. Utilize a chupeta a seu favor

Comprovadamente, usar chupeta reduz o risco de morte súbita, apesar de os médicos não saberem ainda explicar como funciona essa proteção extra.

Por isso, tente dar chupeta para o bebê na hora da soneca ou no sono da noite, mesmo que a chupeta caia durante a noite.

Se o bebê estiver sendo amamentado, certifique-se de que a amamentação esteja bem estabelecida antes de oferecer a chupeta. Não pendure a chupeta no pescoço ou prenda na roupa do bebê.

Além disso, os produtos “milagrosos” que prometem reduzir o risco de SUID devem ser usados com cuidado e apenas se tiverem a segurança atestada. O seu uso não isenta os pais de tomarem todos os outros cuidados que citamos acima.

13. Faça o pré-natal de forma regular

O pré-natal traz diversos benefícios para a saúde da mãe e do bebê, pois é durante ele que a mãe pode descobrir possíveis complicações ou dificuldades que terá ao longo da gravidez.

Mães que fizeram pré-natal tardiamente ou não fizeram acabam facilitando a possibilidade de surgir algum problema após o nascimento, sendo um fator de risco.

Jovem grávida segurando e tocando sua barriga, com desenho de coração. Crédito da foto: Freepik

14. Evite o uso de substâncias tóxicas

Evite o uso de substâncias tóxicas durante a gravidez e após o nascimento do bebê, pois isso atrapalha e interfere diretamente na saúde e qualidade de vida do pequeno.

Além disso, parar de fumar antes da concepção ou no início da gravidez traz benefícios para a mulher grávida e para o feto em desenvolvimento.

Para as mães que utilizam substâncias tóxicas e não conseguem se livrar, os prejuízos são imensos: além de ter síndrome de abstinência neonatal, existem outras patologias relacionadas. Alguns exemplos são: doenças das vias respiratórias (asma, otites de repetição, infeções respiratórias de repetição, redução da função pulmonar) e transtornos do comportamento na criança, além da própria Síndrome da Morte Súbita Infantil.

15. Amamente seu filho

Por fim, mas não menos importante, a última dica é fundamental: amamente seu filho.

Afinal, quanto mais tempo o bebê receber leite materno, maior será a proteção dele, já que o leite possui todos os nutrientes necessários para o desenvolvimento e bem-estar do pequeno.

Além disso, o aleitamento diminui risco de alergias, hipertensão, colesterol alto, obesidade, diabetes, diarreia, infecções respiratórias e mortalidade infantil. São muitos benefícios!

São pequenos detalhes que deixam o sono do bebê mais seguro e, consequentemente, a mamãe mais tranquila! Nada como ter o bebê dormindo tranquilamente e bem durante a noite, não é mesmo?

Por isso, siga todas as dicas acima para ter muito mais segurança no sono do bebê, além de serem muito importantes para evitar a Síndrome de Morte Súbita.

Esperamos que esse artigo tenha sido útil para você, continue acompanhando o nosso blog Mil Dicas de Mãe para mais artigos incríveis sobre a maternidade.

Aproveite para ler também: Sono do bebê como melhorar? Saiba como criar uma rotina

Até a próxima!

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