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Alguns fatos para entender melhor o (injusto) julgamento das Bruxas de Salem


A idade média foi de fato uma época terrível, onde o fanatismo religioso esteve ligado a um massacre sistemáticos de mulheres acusadas de bruxaria. Bastava levar uma vida fora do que era considerado padrão, para ser considerada bruxa. O maior evento local de caça às bruxas da história ocorreu nos Estados Unidos em 1692, e fico conhecido como o Julgamento Das Bruxas de Salem.

O dia 19 de agosto de 1692 foi um dos ápices do famoso Julgamento Das Bruxas de Salem, o caso mais conhecido de caça às bruxas, que ocorreu em uma pequena cidade do Massachusetts, nos Estados Unidos. Cerca de 200 pessoas foram presas ou acusadas de bruxaria e 20 condenadas à morte — cinco delas executadas neste dia. Prossiga com a leitura do artigo e entenda o caso:

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1. O INÍCIO

Tudo começou em fevereiro, quando a filha de nove anos do Reverendo de Salem, Samuel Parris, uma colônia britânica puritana em que a Igreja comandava tudo, ficou doente. Mas ela apresentava sintomas esquisitos: contorcia-se de dor, gritava e alegava estar sendo picada por insetos. O mesmo ocorreu com a sobrinha de Parris, com 11 anos, e outra garota também de 11 anos.



2. DOENÇA OU BRUXARIA?

Pressionadas por líderes religiosos locais, que atribuíam tudo a obras do diabo, as meninas culparam três mulheres pela doença: Tituba, uma escrava; Sarah Good, uma mendiga; e Sarah Osborne, uma idosa pobre.



3. O JULGAMENTO DO TRIO DE "BRUXAS"

Em março, deu-se início ao julgamento das três. Tituba confessou que recebeu uma visita do diabo e que havia se tornado sua serva, provavelmente por acreditar que isso a livraria da forca. Também acusou outras mulheres que estariam tramando contra os puritanos. Ela e as outras (que haviam declarado ser inocentes) foram presas.



4. PARANÓIA GENERALIZADA

Isso foi o suficiente para gerar paranoia. Mais acusações começaram a surgir e até uma garota de quatro anos foi presa por alguns meses em meio aos julgamentos. Nem um ministro da igreja se salvou e foi enforcado, considerado o líder das bruxas e acusado de enfeitiçar soldados em uma campanha contra os índios que foi um verdadeiro fracasso.



5. FIM DOS JULGAMENTOS

A caça só terminou quando o governador William Phipps atendeu a um pedido do então presidente da Universidade Harvard, que denunciou o uso de evidências especulativas — testemunhos sobre sonhos e visões. “É melhor que dez bruxas suspeitas escapem do que uma pessoa inocente seja condenada”, escreveu. Pressionado por isso, e pelo fato de a própria esposa estar sendo acusada de bruxaria, decretou o fim do julgamento em 29 de outubro.



6. ERRO RECONHECIDO

Após o ocorrido, diversos dos envolvidos reconheceram o erro e admitiram a culpa publicamente. Em 1702, os julgamentos foram considerados ilegais, e nove anos depois a colônia determinou que os nomes dos condenados fosse “limpo”, além de uma recompensa financeira para os herdeiros. Em 1957, o estado de Massachusetts formalmente pediu desculpas pelo ocorrido.



7. A DOENÇA PODERIA TER SIDO 
CAUSADA POR UM FUNGO

Atualmente, o caso é considerado um exemplo de histeria ou paranoia coletiva. Há também teses, como uma publicada pela psicóloga Linnda Caporael, que atribuem os sintomas esquisitos das crianças a um tipo de fungo que pode ser encontrado no pão e que provoca espasmos musculares, vômitos e alucinações.

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Ou seja, pessoas inocentes foram torturadas, humilhadas e perderem suas vidas graças a paranóia coletiva mesclada ao fanatismo religioso, e mesmo que as acusadas fossem praticantes de bruxaria, nada justifica o que foi feito, principalmente na época da inquisição, afinal todos possuem o livre arbítrio de seguir o caminho que melhor lhe convir.

A Igreja sempre temeu perder o seu poder, não é à toa que proibia livros, práticas e qualquer coisa que se opusesse a sua filosofia cristã, o passado do cristianismo é manchado por sangue, tortura e injustiças, é um passado negro que não poderá jamais ser apagado.


Adaptado de: Revista Galileu


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