Foto de Rui Duarte Silva

Cá estamos nós em mais um verão seco de muito calor. Favorável às férias, ao descanso e ao lazer. Mas não para todos. Há aqueles em que esta é a altura de mais trabalho. Muita das vezes trabalho não remunerado. Trabalho em prol do bem estar alheio. Em defesa de vidas. Em protecção da Mãe Natureza. Aqueles que vestem a farda de protecção do seu físico, mas em que cada partida, pode não haver regresso. Aqueles que estão dispostos em dar a sua vida na ajuda do próximo.

Por mais que se tente, por maior capacidade empática que tenha, parece-me difícil conseguir colocar-me no lugar destas Pessoas. Talvez sejam as pessoas com maior coração que existem neste mundo. Elas amam o próximo, tal como amam a si mesmos. Dispostos a tudo para concretizar o seu trabalho. A sua tarefa. Cada saída pode ser uma despedida. Uma despedida desta vida. Mas isso não lhes mete medo. Aliás, eu acho que estas pessoas não devem ter algum medo nesta vida.

Estas pessoas também são humanas como todos nós, os outros. Os que levam uma vida normal. Também têm vida própria. Também têm família. Também têm todas as necessidades como todos nós. Mas quando olho para eles, não os consigo ver como tal. Para mim são quase imortais. São dotados de poderes especiais. Talvez por terem um coração especial.

Acho difícil tentar sentir o que cada uma destas pessoas passa em cada dia no terreno. Às vezes semanas. Vão quase ao limite das suas faculdades físicas e mentais. Sem repouso. Sem refeições. Sem quaisquer condições. Apenas uma missão.

Grande parte das vezes a missão resume-se a desfazer o que mentes desequilibradas fizeram. Talvez seja injusto. Mas ainda assim, eles amam aquilo que fazem. Eles devem ter um grande coração. Talvez tenham uma caixa torácica ainda maior para o poder proteger. São seres especiais que merecem a nossa gratidão! O nosso respeito! A nossa admiração!

Gratidão!

Respeito!
Admiração!
Vénia!

Um grande bem haja a estes heróis de farda!

Margarida