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[viagem] ¡Viva el Perú! Parte I: Não subestime Lima

Horário de pico em Miraflores: a boa e velha atmosfera da cidade grande.

– ¡Ustedes están muy mal informados!

Assim disse o taxista que nos levou do aeroporto Jorge Chávez até o distrito de Miraflores, em Lima. Isso porque dissemos que passaríamos três dias na capital do Peru antes de seguirmos para Cusco, porta de entrada para as ruínas de Machu Picchu e mais bem cotada no ranking peruano de cidades turísticas. Ele achou tempo demais. E nós discordamos. Afinal de contas, a cidade que te recebe com um trânsito mais caótico que o de São Paulo tem muito a oferecer. Como o aconchegante bairro de Miraflores, onde nos hospedamos no Che Lagarto Hostal e pudemos caminhar sem medo, tanto durante o dia como Pela noite. Ou então a riquíssima gastronomia, da qual você pode desfrutar em incontáveis restaurantes de diversas faixas de preço e contemplar na rica exposição da Casa de La Gastronomía. Portanto, se você está fazendo seu roteiro de viagem ao Peru nesse momento e descartou a capital, repense, inclua-a na sua rota e seja feliz.

Não vou me estender nos afazeres clássicos que surgem nas pesquisas iniciais sobre viagens a Lima, como a visita ao shopping Larcomar, o rolê pela Plaza de Armas, o tour pelas ruínas pré-incas, o banho nas fontes do Circuito Mágico del Águas ou a ultrapassagem anaeróbica pela Puente de los Suspiros, no distrito de Barranco. Existem inúmeros blogs que já fizeram isso muito bem. Minhas sugestões do que aproveitar na capital peruana vão em outro sentido e abarcam coisas simples.

Pra começar, ande de ônibus, tanto no metropolitano (espécie de ligeirinho curitibano, com estações e corredores duplos) como no colectivo (espécie de lotação paulistana dos anos 1990, com cobradores gritando pela janela e uma distância de 1,70 m entre o piso e o teto). Para aproveitar melhor a sua viagem financeiramente, exerça a arte de barganhar nas lojas, feirinhas de artesanatos e nos táxis. Mesmo que você odeie pechinchar, quando você estiver fazendo isso pela terceira vez, verá que vale muito a pena. Faça compras em mercados municipais, como as feiras livres, ou mesmo nos supermercados, como no Plaza Vea. Mais uma vez, fuja do óbvio e experimente produtos típicos do cotidiano de quem vive aquela cidade de verdade: os próprios peruanos.

Vá até a Librería Contracultura. Se você não quiser comprar nada ali, é compreensível – os preços de livros são bem salgados. Mas vale a visita para folhear livros de romances, contos e até mesmo cartuns. Também vale a pena conversar com o atendente dessa livraria, um senhor muito culto, que pode te contar um pouco da história política peruana. Como eu já disse, a comida desse país é fascinante. Porém, caso você se apaixone de forma arrebatadora pelo lomo saltado ou pelo ceviche, não se esqueça de experimentar outras coisas, como o tiradito, o frango de tudo quanto é jeito ou os pratos com quinoa.

Se estiver afim de conhecer uma outra dimensão do cotidiano peruano, vá até algum bairro além de Miraflores ou Barranco. No nosso caso, fomos até Gamarra, uma espécie de Brás dos Andes onde é possível encontrar roupas de todos os tipos, menos turísticas. Ficamos por lá muito pouco tempo, afinal, não existe realmente atrativos de passeio, mas foi o suficiente para vermos um outro lado do cotidiano limenho. Por fim, converse com as pessoas sempre que possível. Garçons, balconistas de lojas, taxistas, atendentes do seu hotel ou guias turísticos, todos eles tem muito a oferecer a você. Essa troca de experiência vale tanto ou mais do que as belas fotos que você vai tirar do gelado Oceano Pacífico e por si só já provam que aquele taxista falou uma grande bobagem.

Se quiser saber daquela parte de que muita gente já falou, experimente o Cup of Things e o GetOutside, blogs que nos ajudaram bastante. Dê uma olhada também no episódio do programa O Mundo Segundo os Brasileiros, da Band, que se passa em Lima.




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