Gosto de Gente sincera, daquele tipo que mesmo não lhe falando o que sente, deixa transparecer um vislumbre nos olhos do que lhe vai fundo na alma. Nem a mais bela palavra pronunciada tem o mesmo valor, o mesmo efeito que essa sugestão do olhar.
Pessoas espontâneas que não sentem necessidade alguma de adular quem gosta, essas são as melhores.
E aquela determinada pessoa que chega de repente, do nada e ao olhá-la e senti-la parece que sempre esteve ali, que a conheço há séculos... Eu Tenho a sorte, não, o correto seria dizer a honra de ter essas presenças mágicas em minha vida, em meu dia a dia.
Admiro aqueles que não se melindram facilmente, que buscam pela gente sempre que precisam, sem frescuras, sem cobranças... Amo estar com quem permite que eu possa amá-los, do meu jeito, com as minhas broncas, pois eles sabem que, na verdade, são declarações de amor profundas. Preocupo-me sim, desmedidamente, com o bem-estar daqueles que prezo, posso não entrar em seus dramas particulares, mas, se preciso for, sou capaz de rasgar minha alma por cada um deles. Está a caminho do inferno e sente medo? Não se preocupe, eu lhe farei companhia, vamos juntos encarar alguns demônios. Pode até ser divertido, por que não?
E amo, ah... como amo, aqueles com os quais sei que posso contar, não importa o tamanho da tempestade, eles estarão lá.
Agora, essa intensidade toda tem um limite muito bem definido. Da mesma maneira que tenho facilidade para gostar de alguém, tenho para desapegar-me. Não mantenho, ao meu lado, seres tóxicos que se recusam a aprender a amar, a compartilhar. Sempre digo o seguinte: você pode ser tudo, tudo o que quiser, só não seja egocêntrico, não ouse demonstrar-me que o mundo gira ao redor de seu umbigo. Não permita que eu perceba que você joga com as pessoas, que as usa, que as despreza. Ou que é a pessoa mais sofredora e injustiçada do mundo. São coisas que não compreendo, nem faço questão, tenho mais o que fazer.
Não estou dizendo aqui que busco por pessoas perfeitas. Não! Mesmo porque esse tipo é extremamente chato e sem graça. Há um requisito apenas do qual não abro mão: respeito pelo outro.
Gosto de gente transparente, que não tem medo de ser ridícula por assumir o que se é. Gente que não tem medo de amar, de sorrir, de chorar, de ser diferente, “fora da caixinha”. Admiro quem tem a coragem de enfrentar-se e mergulhar num longo processo de descoberta interior. Pessoas complexas, cheias de vida e de desafios.
Aos demais, um conselho amigo: não tentem ser falsos, não achem que podem me confundir ou enganar com toda a sua superficialidade. Da mesma forma que pressinto o vislumbre do brilho da alma nos olhos dos que me são queridos, posso identificar a sombra, a falsidade, a ilusão em olhos ambíguos.
✠Íris✠
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