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Plano de Fuga


 “Deite o cálice Desta vingança em meu peito e espere até o líquido quente e liquefeito adentrar Meus poros. Ouça meus sussurros enquanto bebo o seu veneno até arrancar-me desta maldita ilusão de achar cores em teus olhos. Falseie um sorriso sincero enquanto em durmo tranquila em teus lábios. Morda-me até o primeiro agouro tornar-se realidade. Lance sobre mim a flecha. Esta que me invade aos poucos e leva-me ao que não posso evitar: a morte”.

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Meu Plano de fuga, você.
Minha rota distraída, embaçada
Meu caminho estreito, oblíquo
Minha tortura.

Meus sentimentos, você.
Minha brincadeira irremediável
Meu pesadelo irreal
Minha visão destituída de glória.

Meu medo, você.
Minha ânsia anônima, peregrina
Desconhecida que afeta, herda o ilógico,
Sôfrego aconchego inexistente.

Minha carência, você.
Meus passos embalados num caixa de sapato
As notas, minha canção
Anota o monte de desespero incorrigível.

Meu jeito, você.
Meus olhos coloridos
Meu olfato inebriado,
Meu toque, meus sentidos, teu destino.

Minha incoerência, você.
Meus restos incertos,
Jogados ao Vento a cambalear,
A rir dos gracejos da valsa, a bailar.

Meu tropeço, você.
Que anda nesse barco desgastado
No vai e vem das ondas acordadas,
Na vela, o vento. No vento, o fogo. No fogo, minha paz.

Meu encanto, você.
Num desencanto, indo e vindo.
Vindo e partindo.
Infindo.







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