Hey Rani - conteúdo, vida e outros anexos

Eu esperaria ele vir, mas hoje não. Cheguei como quem já conhecesse há algum tempo, falei sobre o tempo que estávamos ali, esperando um dos dois tomar atitude. Convidei para irmos para um lugar mais calmo. 

Camiseta para dentro da calça, cinto combinando com o sapato, cabelo arrumado. Pensei em mil maneiras de bagunçar ele inteiro. Quero tirar da linha. Quero ser o motivo pelo qual ele não vai esquecer: o meu nome, essa noite, nós dois. Pelo menos pelas próximas três horas.

Quero ser a lembrança de uma boa noite, de um bom dia, daquele café da manhã na cama. Quero ver aquele riso solto, aquele corpo pronto, fechar a agenda, das 8h até as 21h. Quero ser aquela lembrança, que se tenta tirar da cabeça, mas não sai.

E se ele ligar, quero ir. Falar coisas que deixam aquelas bochechas rosas, amarrar seus cadarços para que não possa fugir, suas mãos em mim, quero que a gente dê um nó.

E se ficar, vou deixar. Dorme mais um pouco, mais um dia. Sente dentro. Estou entrando, sem perguntar. Tirando o seu equilíbrio. Deixando de lado alguns pudores. Confiar. 

E se ele deitar no meu peito, vou querer ouvir. Fale do dia, do tempo, sussurre alguma coisa. Quero parar as horas, mas finjo que está tudo sob controle. Finjo que não me importo. Finjo que não estou totalmente atento. Finjo que não me acostumei com o calor, o sorriso e os olhos claros. Fingir, eu tento, mas não consigo.

Quero ser a lembrança que ele deixa ficar