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O desastre de Chernobyl


Chernobyl é uma cidade ao norte da atual Ucrânia. Na década de 70, quando a região ainda era controlada pela União Soviética, o governo comunista construiu um complexo de geração de energia nuclear a 20 km do centro urbano

Mais próximo ao complexo, estava a cidade de Pripyat; ela abrigava a maioria dos sete mil trabalhadores de Chernobyl e estava a 3km da usina.

Na noite do 25 de abril de  1986, cento e setenta e seis funcionários foram autorizados a realizar um teste no Reator 4, onde tudo começou a dar errado. Houve uma série de explosões no núcleo do reator e o piso da usina começou a tremer. Em seguida houve uma grande explosão que vaporizou a cobertura de concreto que pesava 1200 toneladas. Direto do núcleo do reator, uma coluna de vapor carregado de partículas radioativas subiu a 1km de altura.

As primeiras guarnições de bombeiros começaram a chegar para tentar controlar o incêndio, mas o fogo estranho parecia não apagar com nada. 2 bombeiros morreram naquela noite e mais 28 morreram alguns meses depois. Foram 7 meses numa luta difícil e perigosa contra um inimigo invisível. 500 mil homens foram envolvidos num esforço para evitar uma segunda explosão, que tornaria lenda metade do continente europeu.

As informações eram escassas. Não se tinha notícia de vazamento de material radioativo. Falava-se em acidente e incêndio, não sobre explosões.

Naquela época, a radioatividade era medida em roentgens. O nível normal atmosférico é de 12 milionésimos de roentgen. Em Pripyat, na tarde do dia 26, as leituras indicavam mais de 200 mil milionésimos de roentgen; em outras palavras, 15 mil vezes acima do nível normal. Naquela noite o nível chegaria a 600 mil vezes acima do normal.

O reator continuava em chamas, espalhando radioatividade em um nível cada vez maior, até que nuvens radioativas chegaram à Suécia, que entrou em contato com o governo soviético. Só então que o país  tomou conhecimento do vazamento. A população de Pripyat só foi evacuada no dia 27, em 1000 ônibus levando os 43.000 habitantes. Controlaram o incêndio e diminuiram a temperatura dentro do reator, a fim de evitar a grande explosão e parar a emissão de partículas. Jogaram terra e em seguida chumbo, o que causou outro problema de contaminação. Não havia muito o que fazer. Limparam o teto e a base da usina e em seguida construíram um sarcófago para blindar completamente o setor quatro.

Dos 500 mil recrutados para a operação, 20 mil já morreram e 200 mil estão oficialmente deficientes.



Para reduzir os estragos, o governo soviético multiplicou por 5 o nível seguro de absorção de radiação. O que causou a "cura" imediata de milhares de pessoas.

Em dezembro do mesmo ano, houve uma conferência mundial para discutir as consequências do desastre. O encarregado soviético, Legasov, falou por 3 horas e estimou que 40 mil pessoas foram afetadas fatalmente. Mas a comunidade internacional rejeitou os números e fixou 4 mil mortes. Legasov, que sempre tentou mostrar a verdadeira dimensão do desastre ao mundo, suicidou-se em 1988

Pripyat hoje é uma cidade-fantasma. Para limpar aquela região, seria necessário remover 20cm de terra de toda a área, enterrá-la e lacrá-la.

O acidente em Chernobyl serviu para lembrar aos governos da lição quase esquecida de Hiroxima e Nagasaki.


"O nosso míssil mais potente era o SS-18, que tinha o poder de 100 chernobyls e nós tínhamos 2700 deles. Imagine a destruição. E o que nós devemos fazer? Esperar a volta de Jesus Cristo? Quanto tempo isso vai levar? Precisamos criar centros tecnológicos mundiais que tornem a manipulação de material radioativo mais segura, fazer tratados honestos e evitar mais sujeira"
Mikhail Gorbachov 




fontes:
pt.wikipedia.org
discovery communications- O desastre de Chernobyl - 2006


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