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Você tem usado seu parceiro como encarnação das suas “capivaras”?

O funcionamento típico de relacionamentos amorosos é sempre um terreno fértil para novas descobertas psicanalíticas.

Hoje eu gostaria de falar com vocês a respeito de uma delas:

Nós podemos utilizar nossos parceiros amorosos como ENCARNAÇÕES de partes de nós mesmos que ainda não conseguimos INTEGRAR — o que eu costumo chamar de nossas “capivaras”.

Ao utilizar a palavra “integrar” não estou me referindo a nada de outra planeta, não, tá, gente?

“Integrar” um determinado aspecto da nossa personalidade significa simplesmente ser capaz de percebê-lo e afirmá-lo como NOSSO.

Quando eu integro uma parte do meu ser, paro de tentar fugir dela, ou seja, paro de utilizar mecanismos de defesa contra ela.

Vou te dar um exemplo:

Há muitas mulheres que, por conta de uma criação excessivamente repressora, foram levadas a DISSOCIAR o impulso s3xu4l do restante de sua personalidade.

Dissociar é o oposto de integrar. Quando você dissocia determinado elemento, passa a tratá-lo COMO SE não fosse seu.

Mas, como isso é mentira, você precisa utilizar mecanismos de defesa para continuar FINGINDO para si mesma que não possui aquilo.

Um desses mecanismos pode ser encontrar um parceiro amoroso que possa servir como uma espécie de encarnação desse elemento que você dissociou.

Assim, uma mulher que não dá conta de integrar seu impulso s3xu4l pode acabar se envolvendo com um cara cujo t3são está sempre à flor da pele.

É menos angustiante para ela ouvir as reclamações de seu marido (“Você nunca tá a fim!”) do que lidar com as reivindicações do SEU próprio desejo — que clama dentro dela por integração.

A mesma lógica vale para aquele típico homem bonzinho, que desde muito cedo foi levado pela vida a dissociar sua agressividade.

Não raro, esse sujeito “escolhe” se relacionar com pessoas que não só conseguiram integrar bem seu impulso agressivo, como o expressam de forma mais intensa e frequente.

Podemos dizer que, nesses casos, é como se o indivíduo utilizasse o relacionamento para fazer “do lado de fora” o difícil processo de integração que ele não consegue fazer “do lado de dentro”.


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