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Um exemplo prático de insight na Psicanálise

Fernanda iniciou a sessão como sempre costumava fazer: relatando algum episódio significativo ocorrido desde o último atendimento:

— Na quinta-feira, eu e o Cláudio tivemos mais uma briga feia.

Bruna, a psicanalista, limitou-se a fazer “Hum” de maneira enfática para incentivar a paciente a prosseguir em sua narrativa.

— Ele veio de novo me atacando, dizendo que eu sou ciumenta e que não está mais me suportando.

Gesticulando bastante com as mãos, Fernanda continuou:

— Aí, como sempre, eu mandei ele tomar naquele lugar e fiquei lá na sala assistindo TV. Fiquei com tanta raiva que até arquivei as fotos que eu tenho com ele no Instagram.

— Mas como a briga começou? — perguntou a terapeuta.

— Foi coisa besta, Bruna. Ele estava conversando com uma pessoa no celular, aí eu perguntei quem era e ele falou que era uma cliente nova, que estava se divorciando do marido.

Enquanto a analista acompanhava o relato silenciosamente, Fernanda prosseguia:

— Eu questionei o fato de ele estar conversando com a mulher fora do horário de trabalho e pedi para ver a foto dela. Aí ele se recusou, falando que era um absurdo eu pedir aquilo.

— E como você reagiu? — perguntou Bruna.

— Eu tomei o celular da mão dele e fui ver a foto. Você tinha que ver a cara de piriguete da menina! Aí ele ficou transtornado e começou a me acusar de ciumenta, de possessiva e blábláblá…

— O Cláudio é a primeira pessoa que te chama de “ciumenta” ou mais alguém já te falou isso? — indagou a terapeuta já suspeitando da resposta.

— Meu irmão! Ele sempre falou que eu tinha muito ciúme da nossa mãe.

— E isso é verdade?

— De jeito nenhum! Ele falava isso porque eu nunca gostei dos namorados que ela arrumou depois que separou do meu pai. Mas é que nenhum deles prestava mesmo, Bruna. Você tinha que ver!

— Engraçado… — disse a analista — Você usou a mesma expressão quando estava falando da nova cliente do seu marido: “você tinha que ver”…

Surpresa com a pontuação, Fernanda ficou em silêncio, olhando para baixo, como se estivesse refletindo sobre o que acabara de ouvir.

Após alguns segundos, a paciente levanta o rosto e olha diretamente nos olhos da analista, que resolve lhe perguntar:

— O que está passando pela sua cabeça?

— Que eu impliquei com a cliente do Cláudio do mesmo jeito que eu implicava com os namorados da minha mãe. Nossa… É igualzinho, Bruna. Senti até uma coisa ruim agora…

Essa constatação súbita que provocou na paciente uma reação de perplexidade e mal-estar é o que chamamos na Psicanálise de INSIGHT.

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