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Você ainda se vê como uma criança?

Apesar de já ter 28 anos, Sérgio não se sente um adulto.

Quando conversa com amigos sobre temas típicos da vida adulta como trabalho e família, ele sempre tem a impressão de que Ainda não está no mesmo “patamar” social que aquelas pessoas.

Embora seja casado e esteja muito bem empregado, Sérgio frequentemente tem a vaga sensação de que ainda é criança ou adolescente.

Por essa razão, é muito difícil para ele assumir posições em que estejam envolvidas funções tipicamente adultas como a autoridade e o cuidado com o outro.

Para se ter uma ideia, o rapaz chegou a recusar uma promoção no trabalho, que lhe traria um aumento de 30% no salário, porque não se sentia capaz de liderar os colegas.

Quando a esposa lhe sugeriu a ideia de terem um filho, Sérgio ficou aflito. A ideia de ter um outro ser dependendo integralmente de seus cuidados o deixava apavorado.

Há muitas pessoas que vivenciam uma condição bem parecida com a de Sérgio.

Apesar de serem formalmente adultos, internamente se percebem como crianças ou adolescentes.

Com base em minha experiência clínica atendendo diversas pessoas que apresentam esse tipo de imaturidade emocional, formulei a seguinte hipótese explicativa:

Tais sujeitos vivenciaram na infância um GRANDE PROBLEMA na relação com um ou ambos os pais e ainda não elaboraram suficientemente bem esse problema.

Em outras palavras, a pessoa tem uma imensa questão infantil mal resolvida. Por isso, o núcleo da sua personalidade se encontra “preso” àquela época em que o sujeito era DE FATO criança.

O indivíduo cresceu física e intelectualmente, mas emocionalmente permanece estacionado na infância, pois ainda não conseguiu digerir CERTO PROBLEMA.

Sérgio, por exemplo, está pouco a pouco conseguindo reconhecer na terapia que tem muito ódio acumulado pela mãe devido à postura violenta que ela tinha quando ele era criança.

O menino Serginho, que sonhava em se vingar dos castigos cruéis impostos pela figura materna e ansiava por outra mãe, amorosa e paciente, ainda sobrevive na alma do rapaz.

Enquanto esse garotinho não for convencido a abandonar esses desejos, Sérgio jamais estará livre para sair emocionalmente da infância e se perceber como adulto.


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