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Autismo e Psicanálise: quatro mitos comuns

Em 1943, o psiquiatra austríaco Leo Kanner publicou um longo paper na revista Nervous Child, apresentando os casos de 11 crianças (8 meninas e 3 meninas).

Embora apresentassem muitas diferenças, todas aquelas crianças pareciam sofrer de uma mesma síndrome ainda não identificada pela Psiquiatria.

Kanner observou que elas possuíam uma “inabilidade para se relacionar de uma forma comum (ordinary) com pessoas e situações no início da vida”.

Essas são algumas das expressões utilizadas pelos pais das crianças para descrever o modo como elas se comportavam:

“Autossuficiente”, “como se estivesse em uma concha”, “mais feliz quando deixada sozinha”, “completamente alheio a tudo ao redor dele”, “age como se as pessoas não estivessem ali” etc.

Kanner descreveu tecnicamente essa atitude como uma “extrema solidão autística”.

O adjetivo “autístico” deriva, obviamente, do prefixo “auto” que, por sua vez, tem origem no grego antigo “autós”, que significa “próprio” ou “si mesmo”.

Nesse sentido, com o termo “extrema solidão autística”, o psiquiatra estava enfatizando o fato de que aquelas crianças pareciam estar completamente voltadas para si mesmas.

No finalzinho do artigo, o psiquiatra comenta que, dentre as crianças que ele observou, poucas tinham pais e mães “calorosos” (warmhearted).

A maioria tinha pais mais preocupados com abstrações do que com pessoas.

Apesar disso, Kanner termina o artigo dizendo que sua hipótese é a de que aquelas crianças possuíam uma inabilidade INATA para formar laços afetivos com pessoas.

Nesse trabalho encontramos a primeira descrição científica da condição que atualmente é chamada pela Psiquiatria de “Transtorno do Espectro Autista”.

Muitos profissionais e leigos acreditam equivocadamente que a Psicanálise atribui a origem desse transtorno exclusivamente ao modo como os pais se relacionam com seus filhos.

Eu comento esse e outros três mitos sobre a relação entre Psicanálise e Autismo na AULA ESPECIAL “Autismo e Psicanálise: quatro mitos comuns”, que estará disponível ainda hoje (sexta) para quem está na CONFRARIA ANALÍTICA.


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