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Como se desenvolve a autoconfiança (parte 02)

Observar que a fé dos judeus em Jesus só nasceu em função dos milagres que ele realizou nos ajuda a identificar quais são as condições necessárias para o desenvolvimento da autoconfiança. Com efeito, expliquei na coluna anterior que a autoconfiança é a fé que uma pessoa tem na sua própria capacidade de superar desafios.

Ora, assim como a fé em Jesus, a fé que caracteriza a autoconfiança também depende da existência de milagres. Contudo, no caso da autoconfiança, não se trata de milagres reais, ou seja, de acontecimentos que contrariam as leis da natureza. Os milagres que criam as condições para o florescimento da autoconfiança são milagres imaginários, subjetivos, que só são milagres de fato aos olhos daquele que o experimenta.

Consigo imaginar um leitor se perguntando: “Como assim, Lucas? Explica melhor.”. Com prazer! Vamos lá:

Na primeira parte deste texto eu disse que a autoconfiança, diferentemente da coragem, é um afeto involuntário e que, portanto, brota de certas marcas psíquicas profundas geradas por experiências infantis. Também disse que essas marcas são produzidas por experiências que possibilitam ao sujeito perceber-se como sendo capaz de superar desafios.

Ora, quando somos crianças não temos muitos recursos físicos e psíquicos para lidar com desafios. Pelo contrário: somos extremamente frágeis e dependentes dos cuidados dos adultos. Nesse sentido, podemos nos perguntar: como é que a criança vai poder passar por experiências de se sentir capaz de vencer desafios se ela mal consegue ficar sozinha por muito tempo?

É aí que entram os “milagres”. De fato, a criança deixada à própria sorte dificilmente conseguirá vivenciar situações que a farão acreditar na própria potência. Um menino de 3 anos, sem o apoio de seus cuidadores primários, só conseguirá certificar-se de sua fragilidade e impotência. Todavia, quando a criança conta com o suporte ativo dos pais, ela se torna capaz de fazer uma série de coisas. Quando uma mãe, por exemplo, levanta sua filha para que ela alcance um determinado brinquedo ao invés de simplesmente pegar o objeto e entregá-lo à criança, a menina vivencia uma experiência mágica: ela está conseguindo fazer algo que, a princípio, sua condição não permitiria.

Leia o texto completo aqui.


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