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Vampeta e a delação de Funaro. Por Jasson de Oliveira Andrade

Em delação, Funaro revelou que comprou um flat (apartamento) de Vampeta. O destino do apartamento era para o ex-deputado Eduardo Cunha que o presenteou à enteada. O negócio do Vampeta (venda do Flat) não é ilegal. No entanto, teve enorme repercussão.

Bernardo Mello Franco, em artigo à FOLHA, sob o título “Vampeta vai para o céu”, comentou: “Em 2002, Vampeta entrou para a crônica política numa visita da seleção pentacampeã a Brasília. Após ser condecorado pelo presidente Fernando Henrique Cardoso, o jogador desceu a rampa do Planalto às cambalhotas. Tempos depois, ele ofereceria uma explicação para o excesso de irreverência. “Lógico que eu estava bêbado. A gente bebe sem ganhar nada, imagina sendo campeão do mundo. Eu estava pra lá de Bagdá mesmo”, contou. (...) Nesta terça feira [31/10], o ex-jogador reapareceu no noticiário da capital. Ele foi citado pelo delator Lucio Funaro em mais uma negociata atribuída a Eduardo Cunha.. O doleiro disse ter comprado um flat [apartamento] de Vampeta para ceder à enteada do peemedebista. A repórter Camila Mattoso entrevistou o ex-volante, que não foi acusado de nenhum ato ilegal (sic). Malandro, ele ainda fez piada com o episódio. (....) “Queria ser amigo desses caras, pra eles colocarem R$ 51 milhões na minha conta”, disse, citando a quantia encontrada no bunker do ex-ministro Geddel Vieira Lima, “Se fosse comigo, diria que era bicho pelas tantas vitórias em cima do Palmeiras e do São Paulo”, acrescentou. (...) Além de entregar as roubalheiras do PMDB (sic), Funaro tem criado situações inusitadas nos depoimentos da Lava Jato. Na manhã em que citou Vampeta, ele xingou o empresário Joesley Batista por não pagar uma propina que teria prometido. “Ele deu um tombo em mim, no Geddel e no Eduardo Cunha”, disse indignado. “Se ele fosse me pagar o que me roubou, porque ele é ladrão, seriam R$ 81 milhões”, protestou. (...) Apesar do apelido inspirado no tinhoso, Vampeta é um santo (sic) diante de Funaro e seus amigos do PMDB. Merece ir para o céu sem escalas – e com direito a cambalhotas”. Sem comentário...

Outro fato que também teve enorme repercussão foi o pedido da ministra Luislinda Valois (Direitos Humanos) para receber acúmulo de salário de R$ 61.4 mil. Ela argumenta que, por causa do teto constitucional, só fica com R$ 33,7 mil (sic), situação que “SE ASSEMELHA A TRABALHO ESCRAVO” (destaque meu). Em vista da má repercussão, a ministra desistiu de pedir esse salário!

O Estadão, em Editorial, ironizou a declaração da ministra. O título do Editorial revela a ironia do jornal: “A escrava que não é Isaura”. No texto, o Estadão afirma: “Se Luislinda Valois sente-se insatisfeita, deve pedir demissão do cargo de ministra”. O jornal critica: “O pedido apresentado por Luislinda Valois é manifestação de absoluta incompatibilidade com o cargo que ocupa. O respeito aos direitos humanos tem como requisito primário o cumprimento da lei. Quem busca um privilégio que afronta a Constituição – receber do Estado R$ 61,4 mil mensais – não preenche as condições para ocupar a chefia do Ministério Dos Direitos Humanos. (...) Certamente, cabe-lhe o direito de postular suas pretensões salariais e de dizer o que pensa. O que não cabe é fazer tais pedidos e interpretações e continuar ocupando o Ministério dos Direitos Humanos. Se o pesado cargo lhe é demais, alforrie-se. Ela é livre para isso. O que ela chama de “miudezas” está longe de ser miudezas – são acintosos privilégios num país de desprivilegiados (sic)”. É incrível ela estar insatisfeita com o rendimento de R$ 33,7 mil mensais. Além desse bom salário, Luislinda, como ministra, ainda tem: carro com motorista, jatinhos da FAB à disposição, cartão corporativo e imóvel funcional, segundo informou o Estadão!

A ministra desistiu do pedido de aumento (R$ 61,4 mil mensais). Será que vai pedir demissão do cargo, como sugeriu o Estadão? Duvido... Temer a demitirá? Também duvido! A COLUNA DO ESTADÃO informou: “O Planalto empurrou para o PSDB a decisão de manter ou não Luislinda Valois no cargo”. A jornalista Juliana Sofia, em artigo na FOLHA, revelou: “O desatino da ministra Luislinda Valois (Direitos Humanos) pode se tornar o empurrãozinho que faltava ao governo Michel Temer para engatar já uma reforma ministerial”. Será? Não acredito. A CONFERIR!

JASSON DE OLIVEIRA ANDRADE é jornalista em Mogi Guaçu


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