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Uma linha por dia, 5 anos de memórias

Desde que sei Escrever que escrevo para mim. Em diários de papel, num blog (mesmo que mais gente leia), em documentos de word que às vezes apago logo de seguida. Textos gigantes, três linhas ou mesmo algo mais sucinto, como foi o Diário da Gratidão. Chamem-lhe doidice, terapia, tempo a mais (isto não pode ser). É a maneira como processo as coisas. Mas além disso é uma forma bonita e muito pura de voltar a momentos e sensações. 

No início deste ano comecei um diário novo (este que vêem na imagem, que encomendei na Amazon ou no eBay). É um diário de 5 anos. Que tenho escrito religiosamente todos os dias. Quando salto alguns tiro nota no telemóvel e depois passo para lá. 
Não há espaço para escrever muito e portanto não se perde muito tempo. Escrevo algo que fiz, ou como me estou a sentir, ou algo que aconteceu, um livro ou série que acabei. Não há regra, é o que me vier à cabeça sobre o dia, bem no fim ou na manhã seguinte. Por exemplo: "2 de Maio - Fiz um bolo de laranja ótimo. Fechem o mundo!" ou "5 de Março - Acho fantástico que quando o coronavirus começa a explodir em Portugal, eu fique constipada...".

Nem sabia que este ano ia ser tão sui generis para registar, mas está cheio de observações banais.

 

 

O engraçado é que ao longo dos cinco anos, vou sempre no mesmo dia do ano, escrever na mesma página. A folha começa com a data e o ano preenchemos nós antes de cada linha. Quando chegar ao 5º ano, vou ver como foi o dia 6 de Agosto nos 4 anos anteriores. 

Não tem nenhum intuito terapêtico, embora saiba que me faz bem (é nas palavras escritas que desabafo) e me ajude efetivamente a perceber algumas coisas. Como: escrevo demasiados dias sobre trabalho. O que talvez queira dizer que preciso de tirar mais partido dos meus dias para além do batente. 

 

E era isso. Queria partilhar convosco, porque cheguei a Agosto e ainda não desisti e continue a achar piada ao conceito. Pode ser que achem graça também e queiram levar para os vossos dias. A internet até pode ser um poço de miséria, mas nunca se esqueçam que é também, sobretudo e dependendo de nós, um espaço de partilha.



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