De todos os meus devaneios já vistos e escritos este pode ser somente mais um que irá embaralhar a sua cabeça.
Dos ventos que sopram ao leste e lhe traz saudades do oeste, podem lhe desestabilizar de uma maneira que nem o mais profundo primeiro amor já fez.
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De Todas as maneiras que eu criei para lhe arrancar um sorriso, você preferiu o ácido que saíra pelos meus poros.
De todas as roupas que eu já usei, você dizia que o natural era belo aos olhos de Deus.
De todas as vezes que eu lhe disse que estava tudo bem, eu só queria que você me abraçasse e dissesse: "eu sei que você está fodido, mas estou aqui".
Por todas as vezes que mexi em meu celular, o seu olhar parecia estar menos convidativo o possível. Eu sabia que alguma coisa estava errada, que os meus solos de guitarra estavam despencando por cima de seus interesses, que eu estava fodendo a sua percepção com todos esses devaneios sem fim e sem pudor.
De todas as vezes que lhe beijei e você sentiu o sabor do meu cigarro. A nicotina percorria todo o seu sistema e lhe fazia guardar o pior de mim - ou o melhor.
Sempre quis saber: era a minha loucura que rodeava as suas ideias ou era a Vontade de ser tragado pelo meu doce veneno?
Era a minha música. A verdade que eu escrevia entre os seus olhos e a Sua Vontade de viver, a sua vontade de vencer na vida, sua vontade de apenar cuspir na minha cara e me mandar embora.
Quem sabe um dia você não repassa todo o ódio que eu consumi, fumei, injetei e joguei para você? Se um dia eu lhe dei a oportunidade de acabar com cada pedaço de luz que você tinha saiba que alguém ou algo fez o mesmo comigo.
Pois hoje, se sou trevas, trevas ficarei e trevas morrerei.