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Um empurrão, com carinho

Às vezes, tudo o que a Pessoa precisa é de um empurrão, e com “empurrão” eu quero dizer as duas mãos espalmadas nas costas, dando um impulso que leva o sujeito lá para a semana que vem. É desse tipo de empurrão que precisamos volta e meia na vida, mas são poucos aqueles que tem a coragem de nos dar. O que é um baita problema, se você parar para pensar, pois na maioria dos casos essa é a única alternativa para sairmos do lugar.


Eu acredito que seja necessário, em alguns casos, nos mexermos fisicamente para que alguma coisa mude na nossa vida. Minha psicóloga costumava me aconselhar a esticar os braços e me alongar quando sentisse vontade, numa experiência física ao sair da casca na qual me meti. Funcionava. Era possível sentir a casca se quebrando. Nossa mente é um poço profundo – a gente joga uma pedra lá dentro aos dez anos e ela só ecoa aos trinta.

Não que eu tenha levado um empurrão. Na verdade, ninguém é louco de me empurrar. Eu sou capaz de revidar com uma cavadeira porque ignorância é a minha essência. O meu empurrão tem sido mais psicológico, e desse não posso me vingar porque o Exodus não deixa. Mas já tive empurrões físicos, do tipo “VAI”, que me fizeram engolir bastante água, mas no fim me ensinaram a nadar.

Não estou dizendo para você deixar as pessoas te empurrarem. Se acontecer, pelo contrário, te aconselho a revidar com uma bifa, daquelas que deixam a pessoa sem saber de onde veio. Mas se alguém fizer na intenção de forçá-lo a passar por uma porta, para conversar com alguém, pular em um rio de águas geladas, ou entrar em um palco: agradeça. 

Existem empurrões que mudam a sua vida.


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