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Música barroca: uma revolução na cultura ocidental

Você certamente já ouviu os clássicos como “Jesus Alegria dos Homens” e “Minueto em Sol Maior”.

Ambas as obras são composições do aclamado Johann Sebastian Bach, o maior representante da chamada “música barroca”. Esta denominação refere-se a um período histórico, que se estende de 1600 até 1750, aproximadamente.

E aqui, convidamos você a fazer uma viagem no tempo. Vamos voltar a uma época que foi revolucionária para a música ocidental. Não estamos exagerando.

A música barroca foi realmente inovadora para o seu tempo e apresentou características que moldaram e influenciaram outros movimentos musicais surgidos posteriormente. Vamos conhecer um pouquinho dessa história?

Música modal

Primeiramente, é preciso entender ao menos o conceito básico de música modal, para podermos analisar o que mudou a partir da música barroca.

Na Antiguidade, os gregos davam muito valor ao que era produzido musicalmente. E resolveram organizar os sons de alguma forma.

É importante dizer que, na época, não havia a denominação das notas musicais como conhecemos hoje: Do, Re, Mi etc. Mas os gregos conheciam sete sons diferentes e eles queriam compreender melhor o intervalo entre essas notas.

Dessa organização surgiram os sete modos gregos, que são definidos a partir de onde a nota começa: Jônio (Do), Dórico (Re), Frígio (Mi), Lídio (Fá), Mixolídio (Sol), Eólio (La), Lócrio (Si). Cada um gera uma sonoridade específica.

Esses modos citados são a base da música modal, a qual esteve muito presente na Idade Média, como no canto gregoriano. Mas ainda hoje é utilizada. As canções folclóricas, como as cirandas, são exemplos disso.

Esse tipo de música é mais simples, sem preocupação em dar uma resolução para a melodia proposta.

Música tonal

Aliás, tudo o que era produzido musicalmente até o final do Renascimento era música modal. E podia ser tanto instrumental quanto vocal.

Mas, em sua inquietude, os músicos sempre buscaram novas possibilidades, novas formas de criação e expressão de sua arte. E não foi diferente nessa época.

Já falamos aqui que a música barroca foi revolucionária, certo? Pois bem: uma de suas grandes contribuições na produção artística ocidental foi a chamada “música tonal”. Resultado justamente dessa “inquietude” dos compositores.

E o que vem a ser essa nova vertente?

Em vez do foco no intervalo entre as notas, agora a ideia é haver uma hierarquia bem definida entre elas, com destaque para os acordes e maior complexidade harmônica.

A estrutura desse sistema é baseada em escalas maiores ou menores. E o principal: a composição tem começo, meio e fim. 

Basicamente, temos acordes de tônica, subdominante, dominante – o qual propõe uma tensão na função harmônica – e retorno para a tônica, que é a resolução da música.

Essa lógica permeou a música ocidental desde então, a ponto de que hoje, quase tudo o que você ouve é “música tonal”.

Nem mesmo as músicas atonal e dodecafônica, surgidas no final do século XX, conseguiram se sobressair ao sistema tonal.

Talvez nem fosse mesmo o intuito, visto que o atonalismo e o dodecafonismo foram movimentos muito experimentais e de difícil assimilação sonora.

Tendo em vista todas essas questões históricas, percebe agora como a música barroca foi importante?

Ah, mas tem muito mais!

Fique aqui com a gente.

O contraponto, o baixo contínuo e os ornamentos

Além do sistema tonal, outra característica marcante da música barroca foi o uso do contraponto, que combina duas ou mais vozes (ou instrumentos) independentes, mas harmônicas.

Esses arranjos serviam (e servem) para refinar e tornar mais complexa a composição.

O uso do baixo contínuo, que se refere à linha melódica mais grave, também era bem presente nas composições barrocas, sendo um recurso bastante utilizado por nomes como Bach, Antonio Vivaldi e Georg Friedrich Händel.

Vale destacar, ainda, o uso disseminado dos ornamentos, como arpejos, apogiaturas, trinados e mordentes, entre outros. Na música barroca a regra era “fugir” da simplicidade e trazer elementos que tornassem a obra mais rebuscada.

Evolução instrumental

Até o aparecimento da música barroca, as obras musicais começavam e terminavam em um único modo. No período barroco surgiram as modulações, em que há uma ou mais mudanças de tom em partes da composição.

Sobre isso, é importante considerar que também é considerada modulação quando há alteração de tom maior para menor ou vice-versa.

Houve, ainda, uma paridade de importância entre a música instrumental e vocal. Assim, foram desenvolvidos estilos como o concerto e a suíte, os quais são totalmente instrumentais.

Essa tendência fez com que os instrumentos se tornassem protagonistas em muitas peças, em vez de apenas serem utilizados como acompanhamento das vozes.

E mais: eles passaram a ser listados de forma explícita nas obras, o que era raro no período renascentista.

Por esta razão, os instrumentos evoluíram nitidamente, com destaque para o cravo, o órgão – os quais precederam o piano – e o violino. Os instrumentistas virtuosos, naturalmente, ganharam relevância.

Ah, e você sabia que os célebres violinos Stradivarius – considerados os mais caros do mundo – apareceram nessa época, pelas mãos do luthier italiano Antonio Stradivari?

Pois então: quem é violinista, sabe o valor de um Stradivarius. De tão raro e de tão boa qualidade, virou um verdadeiro sonho de consumo!

E, principalmente, mostra o quanto o perfeccionismo da música barroca permeava não só as composições, mas também a confecção dos instrumentos.

Os grandes nomes da música barroca

Nesse contexto, não poderíamos, é claro, deixar de mencionar os grandes compositores que marcaram o período.

O alemão Johann Sebastian Bach é o primeiro nome que vem à mente, pelo fato de ele ter criado peças que se popularizaram e são conhecidas amplamente até hoje.

Porém, esse movimento musical não começou na Alemanha. Na realidade, teve início na Itália, com Claudio Monteverdi. A ele é atribuído o surgimento da primeira ópera barroca, “Orfeu”.

Uma das curiosidades acerca de Monteverdi é que ele era sacerdote e realizou um ato considerado “ousado”, naquele tempo: compôs música sacra em que a voz deveria ser acompanhada de instrumento, quando o “normal” era que os vocais entoassem a melodia “à capella”.

A seguir, citamos outros nomes que fizeram a história da música barroca:

  • Pietro Alessandro Scarlatti: pai de Domenico Scarlatti e Pietro Filippo Scarlatti, também compositores, Alessandro Scarlatti foi um nome importante para a música lírica no período barroco. Compôs um número expressivo de obras, incluindo 783 cantatas e 117 óperas, entre elas “Carlo, Re d’Allemagna” (1716) e “La Griselda” (1721).
  • Antonio Vivaldi: italiano nascido em Veneza, Vivaldi era violinista e compôs nada menos que 770 peças musicais. “As Quatro Estações” é sua obra de maior relevância, que integra quatro concertos para violino e orquestra.
  • Georg Friedrich Händel: compositor alemão naturalizado britânico, Händel foi violinista e maestro. Criou algumas das peças mais famosas da música erudita, como “O Messias”, que traz o coro “Aleluia”.
  • Johann Sebastian Bach: nascido em Eisenach, na Alemanha, o nome mais célebre da música barroca só recebeu o devido reconhecimento a partir de outro grande compositor alemão, Felix Mendelssohn, que resgatou a obra “Paixão Segundo São Mateus”, cerca de um século depois da morte de seu conterrâneo.

    Além de Bach ter sido o maior nome da música barroca, há quem o considere como o maior compositor da história.

    É inegável sua influência em outros célebres compositores que o sucederam, como Beethoven e Mozart. Além de “Jesus Alegria dos Homens” e “Minueto em Sol Maior”, que citamos no início deste artigo, podemos citar outras importantes obras do músico alemão.

    É o caso de “Tocata e Fuga em Re Menor” e “Concertos de Brandenburgo”. Vale destacar, ainda, o “Cravo Bem-Temperado”, uma coletânea de prelúdios e fugas em dois volumes, em que Bach aproveita todas as notas musicais e seus tons maiores e menores.

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Obrigada e até a próxima!



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