Lombalgia é um termo usado para designar o aparecimento de dor na região lombar da coluna vertebral (parte inferior das costas), constituindo um sintoma muito frequente.
São várias as situações que podem estar na sua origem, o que exige a realização de uma história clínica completa e eventualmente a realização de exames auxiliares de diagnóstico.
Related Articles
- Adopção de posturas incorrectas quando se está sentado ou de pé durante longos períodos de tempo;
- Levantamento de peso excessivo e/ou por um período de tempo prolongado, principalmente se realizado de uma forma inadequada;
- Doenças articulares degenerativas e/ou inflamatórias de diversos tipos;
- Fractura dos ossos da coluna lombar por doenças que fragilizam os ossos (por exemplo, osteoporose);
- Algumas doenças (benignas ou malignas) que afectam o útero e o ovário.
A lombalgia é, por si mesma, um sintoma. Consiste numa dor localizada na região lombar da coluna vertebral. Esta dor tem várias causas. Se a causa for o excesso de peso corporal, a dor pode persistir enquanto esse excesso persistir.
Se a causa for uma má postura, um exercício de levantamento de peso excessivo ou inadequado ou por um período de tempo prolongado, a dor pode surgir imediatamente ou após algumas horas.
Dependendo das estruturas anatómicas lesadas (ossos, músculos, articulações ou nervos), a dor pode irradiar para as nádegas e/ou coxas. A lombalgia pode ser mais intensa nos dois ou três primeiros dias, diminuindo de intensidade nos dias ou semanas seguintes, ou persistir com a mesma intensidade durante longo período de tempo.
Basta que seja referida a existência de dor lombar para se poder dizer que existe uma lombalgia. Este sintoma obriga o médico a investigar a sua causa, o que exige a realização de uma história clínica (em que se avaliam as características da dor e a existência de outros sintomas associados) e de um exame físico completo (incluindo a região lombar). Em algumas situações é necessário a realização de uma radiografia, de uma tomografia computorizada ou de uma ressonância magnética da região lombar para se avaliarem as estruturas ósseas, musculares, cartilaginosas e nervosas. A mielografia e a electromiografia podem ser realizadas para melhor avaliação da existência ou não de lesão nervosa.
A coluna vertebral divide-se em quatro regiões anatómicas: cervical, dorsal, lombar e sagrada. Desempenha importantíssimas funções de suporte de todo o peso do corpo e de eventuais sobrecargas impostas pelas nossas actividades diárias.
Frequentemente as causas da lombalgia dão origem a um espasmo muscular, que acarreta o aparecimento de dor, que por sua vez produz maior espasmo muscular. Torna-se então necessário interromper este ciclo vicioso com algumas intervenções terapêuticas.
Formas de tratamento
Na maior parte dos casos de lombalgia, o tratamento é relativamente simples, podendo ser feito em casa. Nas primeiras 24 a 48 horas após o aparecimento da dor, o doente deve permanecer em repouso. Para alívio da dor, o médico pode prescrever medicamentos analgésicos (por exemplo, ácido acetilsalicílico, acetaminofeno, ibuprofeno) e medicamentos relaxantes musculares, que eliminam a dor mas não aceleram a cura da causa desencadeante. Pode ser útil o recurso à fisioterapia.
A aplicação de frio e/ou calor, a realização de massagens e alguns programas de exercícios - visando o fortalecimento dos músculos da região lombar, o aumento da sua flexibilidade e a melhoria da postura - fazem da fisioterapia um instrumento útil em certos casos de lombalgia. A estimulação eléctrica transcutânea (que consiste na aplicação de alguns eléctrodos na pele, através da qual transmitem estímulos eléctricos) pode ter efeitos benéficos.
Algumas pessoas, principalmente com lombalgia crónica, obtêm alguma melhoria sintomática com a realização de várias sessões de acupunctura.
Por vezes é necessária a hospitalização e a cirurgia para se tratarem algumas causas de lombalgia. Durante o período de recuperação, não devem ser realizadas actividades que possam atrasar o processo de cura ou fazer reaparecer o problema.
Existem várias formas de prevenir o aparecimento da lombalgia:
- Manter uma postura correcta em pé (cabeça e tronco direitos, peito para fora, caminhando de uma forma que permita a distribuição do peso corporal pelas duas pernas);
- Manter uma postura correcta sentado (apoiar bem as costas na cadeira, ter os pés bem assentes no chão, com os joelhos flectidos em ângulos rectos. A manutenção de uma boa postura enquanto sentado também depende da existência de mobiliário ergonomicamente adaptado ao corpo;
- Manter uma postura correcta deitado, dormindo num colchão firme, duro ou num colchão de água;
- Manter uma postura correcta ao levantar um peso (segurá-lo junto ao corpo, dobrar só os joelhos, deixar as pernas levantá-lo fazendo o movimento de levantar ou baixar sempre com o corpo direito);
- Praticar exercício físico regularmente, de uma forma moderada e adaptado às possibilidades físicas do doente, com o objectivo de melhorar a forma física (força, flexibilidade e capacidade aeróbica). As melhores modalidades são o andar a pé, andar de bicicleta e nadar. Devem preferir-se as actividades aeróbicas e evitar modalidades que imponham uma grande sobrecarga à região lombar.
Existem várias doenças que podem estar na origem de uma lombalgia, pelo que é importante conhecer as características da dor e os sintomas associados, bem como fazer um exame físico completo. Também se podem realizar vários exames com o objectivo de avaliar melhor todas as estruturas anatómicas da região lombar.
Em caso de lombalgia, deve consultar o médico assistente, que poderá orientar para médico especialista de ortopedia/medicina física e reabilitação/neurocirurgia, se:
- Persiste com grande intensidade durante mais de uma semana;
- Associada a fraqueza, formigueiro ou adormecimento dos membros inferiores;
As pessoas mais predispostas ao aparecimento de lombalgia são as que:
- Tenham um trabalho ou actividades de lazer que envolvam a realização de grandes esforços físicos ou que obriguem à manutenção da mesma postura durante longos períodos de tempo;
- Não pratiquem exercício físico aeróbico regularmente e adaptado às suas capacidades físicas;
This post first appeared on ENFERMANDO Estudante De Enfermagem, please read the originial post: here