Os candidatos presidenciais republicanos levantaram forte oposição à ideia de os EUA acolherem Refugiados palestinianos que fogem do aumento da violência entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza. Eles alegam que a cultura desses refugiados é incompatível com os valores americanos e expressam preocupações sobre possíveis ligações ao terrorismo. Esta questão tornou-se um ponto crucial para os candidatos republicanos à Casa Branca, colocando-os à prova em relação às suas posições sobre imigração.

O governador da Flórida, Ron DeSantis, liderou o movimento ao afirmar categoricamente sua oposição: "Não podemos aceitar pessoas de Gaza neste país como refugiados, não vou fazer isso… Nem todos são do Hamas, mas são todos antissemitas. Nenhum deles acredita no direito de existência de Israel." DeSantis também relacionou o conflito entre Israel e o Hamas às preocupações republicanas sobre a segurança da fronteira dos EUA com o México.

Outro candidato proeminente, o ex-presidente Donald Trump, foi ainda mais longe, prometendo suspender o reassentamento de refugiados, incluindo aqueles vindos de Gaza. Ele justificou sua decisão, dizendo: "Algumas pessoas muito rudes saem dessas áreas. Querem explodir o nosso país. Não vamos trazer ninguém de Gaza, da Síria, da Somália, do Iémen ou da Líbia, ou de qualquer outro lugar que ameace a nossa segurança."

Apesar das críticas, a administração Biden não anunciou esforços para reassentar refugiados de Gaza nos EUA até o momento. Historicamente, apenas um pequeno número de Refugiados Palestinianos foi admitido nos EUA sob o Programa de Admissão de Refugiados, que foi estabelecido para oferecer refúgio a estrangeiros que fogem de perseguições devido à sua raça, nacionalidade, religião, política ou pertença a um grupo social. Em 2023, apenas 56 refugiados palestinianos foram acolhidos pelos EUA, representando uma fração minúscula do total de refugiados reassentados.

A baixa admissão de refugiados palestinianos nos EUA deve-se, em parte, ao tratamento diferenciado dado aos palestinianos deslocados pelas Nações Unidas. Ao contrário de outros refugiados, os palestinianos deslocados em Gaza, Cisjordânia, Síria, Jordânia e Líbano estão sob o mandato da Agência de Assistência e Obras da ONU para os Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (UNRWA). Embora a UNRWA forneça necessidades básicas, ela não pode encaminhá-los para opções de reassentamento nos EUA ou em outros países.

O processo de admissão de refugiados nos EUA é extenso, envolvendo uma série de verificações de segurança, entrevistas e exames médicos. Este processo rigoroso visa garantir a segurança nacional dos EUA e a saúde dos refugiados antes de sua entrada no país.

Em suma, a questão de acolher refugiados palestinianos nos EUA tornou-se um tema candente nas discussões presidenciais republicanas, destacando a complexidade das políticas de imigração e segurança nacional do país.