O Hamas lançou no sábado um ataque extenso e altamente coordenado contra Israel a partir de Gaza, marcando um aumento significativo nas hostilidades após meses de conflito latente entre Israel e os palestinos em Jerusalém, Cisjordânia e Gaza.

Em uma violação sem precedentes do aparato de segurança que controla o movimento palestino dentro e fora de Israel, um grupo de militantes do Hamas entrou em Israel no sábado, resultando em pelo menos 40 israelenses mortos e 779 feridos, de acordo com o New York Times. Houve relatos de combatentes do Hamas levando reféns de volta para Gaza e de tiroteios em cidades do sul de Israel. O líder militar do Hamas, Mohammad Deif, afirmou que o grupo lançou 5.000 foguetes contra Israel, embora as estimativas das forças israelenses fossem de 2.200 até o final da manhã de sábado. A magnitude dessa operação é notável; durante a guerra de 50 dias entre o Hamas e Israel em 2014, o grupo lançou um total de 4.564 foguetes e morteiros contra Israel.

"Nosso inimigo pagará um preço que nunca conheceu", afirmou o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, em resposta aos ataques. "Estamos em guerra e vamos vencê-la." Sob a liderança de Netanyahu, Israel tem se tornado cada vez mais hostil aos palestinos e incentivou a expansão dos assentamentos israelenses em partes da Cisjordânia, outro território palestino.

As Forças de Defesa Israelenses já retaliaram com ataques aéreos contra Gaza, uma região que sofre bloqueios por parte de Israel e do Egito há anos, sendo frequentemente descrita como uma "prisão ao ar livre". Enquanto isso, o Irã e o Hezbollah, um grupo militante xiita apoiado pelo Irã e com base no sul do Líbano, elogiaram os ataques do Hamas.

É importante notar que esses ataques ocorreram no último dia de Sucot, uma festa judaica da colheita, e também marcam o 50º aniversário do início da Guerra do Yom Kipur de 1973, na qual o Egito e a Síria atacaram Israel, ameaçando a existência da jovem nação.