Uma iminente ameaça de Peste pneumônica assola Ankazobe, na região de Analamanga, enquanto medidas extremas são tomadas para conter sua disseminação. Recentemente, quatro indivíduos sucumbiram a sintomas alarmantes, levantando sérias suspeitas desta doença altamente contagiosa e letal. No entanto, o diagnóstico exato permanece pendente, uma vez que os testes iniciais não forneceram confirmação definitiva.

O primeiro casal, vítima dessa tragédia, foi seguido por outros que tiveram contato com os corpos. A rápida disseminação dos sintomas levou as autoridades a implementar uma quarentena rigorosa em Ambohitsoa, uma aldeia situada a aproximadamente 10 quilômetros da capital do distrito. Ninguém está autorizado a entrar ou sair, enquanto os residentes recebem tratamentos preventivos e são obrigados a usar máscaras devido à natureza aérea da transmissão da peste pneumónica.

Paralelamente, as escolas em Ankazobe e Ambohitsoa permanecerão fechadas até, pelo menos, quarta-feira, 4 de outubro de 2023, em uma tentativa de conter qualquer potencial disseminação. A desinfecção de uma escola que recebeu professores de várias localidades, incluindo da aldeia das vítimas, foi realizada como precaução.

Ankazobe tem sido, lamentavelmente, um foco recorrente de peste devido aos incêndios florestais que destroem o habitat natural dos ratos, os portadores da doença. A proximidade desses roedores aos seres humanos, à medida que buscam refúgio nas aldeias, aumenta o risco de transmissão. Além disso, a exumação de túmulos pode espalhar a peste pneumónica, especialmente se o túmulo pertencer a uma pessoa previamente infectada.

A situação atual evoca lembranças de um surto devastador em 2017, quando a peste pneumônica ceifou mais de 200 vidas, de acordo com a Organização Mundial da Saúde. Desde então, Madagascar tem enfrentado desafios contínuos relacionados à peste, particularmente em regiões como Mahajanga e Antananarivo.

Enquanto as autoridades de saúde aguardam a confirmação formal da presença da peste pneumónica, medidas preventivas intensivas estão sendo implementadas para evitar uma crise de saúde pública. O mundo observa com apreensão, esperando que essas ações sejam suficientes para conter essa ameaça letal e evitar uma tragédia como a de 2017.