O estudo mencionado indica uma associação entre o Transtorno por uso de cannabis e um risco aumentado de Eventos Cardiovasculares em adultos canadenses. 

Os principais pontos do estudo:

Aumento do Risco Cardiovascular: O estudo sugere que os adultos canadenses com transtorno por uso de cannabis têm um risco aproximadamente 60% maior de sofrer seu primeiro ataque cardíaco, acidente vascular cerebral ou outro evento cardiovascular em comparação com aqueles sem o transtorno por uso de cannabis.

Metodologia do Estudo: Para conduzir a pesquisa, os investigadores usaram cinco bases de dados de saúde canadenses e acompanharam quase 60.000 participantes. Metade dos participantes tinha o diagnóstico de transtorno por uso de cannabis, enquanto a outra metade não tinha esse diagnóstico. Eles foram pareados por sexo, ano de nascimento e hora de apresentação ao sistema de saúde. Pessoas com eventos cardiovasculares prévios foram excluídas do estudo.

Resultados: Entre as pessoas com transtorno por uso de cannabis, 2,4% sofreram um evento de doença cardiovascular pela primeira vez, enquanto no grupo não exposto esse número foi de 1,5%. Isso sugere uma diferença significativa na incidência de eventos cardiovasculares entre os dois grupos.

Fatores de Risco Adicionais: O estudo também encontrou um risco ainda maior de eventos cardiovasculares entre as pessoas com transtorno por uso de cannabis que não tinham doenças médicas concomitantes, não tinham prescrições médicas e tinham menos de cinco visitas aos serviços de saúde nos últimos seis meses. Isso pode ser devido ao fato de que essas pessoas podem não ter reconhecido os sinais de alerta de eventos cardiovasculares.

Importância para a Saúde Pública: O principal autor do estudo enfatizou que os resultados têm implicações importantes para a saúde pública e a prática clínica, destacando que embora o estudo não prove que o transtorno por uso de cannabis cause eventos cardiovasculares, indica que existe uma associação significativa entre os dois.

 Mais pesquisas são necessárias para entender completamente essa relação e os possíveis mecanismos subjacentes. Além disso, é essencial considerar outros fatores de risco cardiovascular, como dieta, tabagismo e atividade física, ao avaliar a saúde cardiovascular de indivíduos.