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A Revolução do Yuan chinês chega ao Brasil e à Argentina

Brasil pode não mais ser considerado um aliado, mas sim um parceiro, devido a divergências ideológicas sobre as relações do país com a China, a Rússia e governos autoritários de esquerda na América Latina.
Close das notas do Yuan Chinês, com Mao Tse-tung

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Sob a liderança de Xi Jinping, a China tem empreendido uma ofensiva decidida para consolidar seu poder monetário no cenário internacional, estabelecendo-se como uma concorrente séria ao dólar americano. Embora analistas considerem improvável que o Yuan supere o alcance do dólar em um futuro próximo, nos últimos meses, a moeda chinesa tem conquistado algumas vitórias significativas.

No dia 30 de agosto, o Banco da China anunciou o "primeiro investimento direto em yuan na Argentina", como parte da estratégia chinesa de promover o yuan como uma alternativa viável para o comércio internacional. O yuan tem sido adotado em vários países para fins de investimento e empréstimos, desafiando a dominância do dólar.

No entanto, a China ainda não havia conseguido estender seu alcance para a América Latina, uma região que historicamente esteve sob a influência geopolítica e monetária dos Estados Unidos. Em abril, a Argentina assinou um acordo de swap cambial que permitiu ao governo de Buenos Aires usar o yuan para financiar diversos projetos públicos, incluindo infraestrutura de transporte, energia e mineração.

As reservas em dólares da Argentina têm diminuído devido a problemas cambiais e gastos excessivos, tornando o yuan uma opção atraente em face da volatilidade do peso argentino.

Marcos Falcone, cientista político da Fundación Libertad, um think tank sediado em Rosário, Argentina, observou que a estratégia chinesa na Argentina reflete um padrão mais amplo de assistência financeira a países em dificuldades quando estes se encontram sem outras opções.

Além disso, a Argentina agora tem a capacidade de efetuar pagamentos em yuan por importações estrangeiras, incluindo aquelas provenientes da China, totalizando até 18 bilhões de dólares nos próximos três anos. O país também liquidou sua dívida com o Fundo Monetário Internacional em yuan. Bancos chineses, incluindo o Banco Industrial e Comercial da China (ICBC), têm ampliado suas operações no país, abrindo várias filiais nos últimos meses.

Embora a presença dos bancos chineses seja notável nas ruas comerciais da capital argentina, Buenos Aires, e o Banco Central Argentino tenha autorizado a abertura de contas em yuan em junho, a realidade é que poucos argentinos estão considerando a possibilidade de abrir contas bancárias em yuan ou utilizar a moeda em suas transações diárias. A adoção do yuan na Argentina é, em grande parte, uma resposta à difícil situação econômica do país.

O alcance do yuan na Argentina poderá ser limitado por eventos políticos iminentes. Uma eleição presidencial está agendada para 22 de outubro, e Javier Milei, líder da direita alinhada com o libertarianismo, prometeu dolarizar a economia argentina quando assumir o cargo. Milei também expressou forte oposição à influência chinesa no país e busca estreitar os laços financeiros e geopolíticos com os Estados Unidos.

No entanto, uma vitória mais substancial e sustentável para a China está em curso no Brasil, vizinho da Argentina. Em 31 de agosto, Tatiana Prazeres, Secretária de Comércio Exterior do Brasil, observou em sua conta no LinkedIn que, embora 90,5% do comércio internacional do Brasil ainda seja realizado em dólares, "o uso de outras moedas está crescendo", com o renminbi (yuan) ganhando destaque como moeda declarada nas importações brasileiras.

Esta declaração reflete a tentativa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de diversificar o uso de moedas no país, com a China desempenhando um papel fundamental nesse processo. Lula e outros em Brasília têm adotado medidas para aumentar a presença do yuan no Brasil, incluindo a assinatura de um acordo de swap cambial com a China em abril, eliminando o dólar como intermediário nas transações.

Lula, durante sua visita à China, criticou o domínio global do dólar, questionando por que todos os países deveriam estar vinculados ao dólar no comércio internacional. Esta crítica também serviu como defesa da reaproximação financeira do Brasil com a China.

A oposição dos EUA à política de Lula em relação à China tem sido evidente, com analistas indicando que o Brasil pode não mais ser considerado um aliado, mas sim um parceiro, devido a divergências ideológicas sobre as relações do país com a China, a Rússia e governos autoritários de esquerda na América Latina.

Embora a predominância do dólar no Brasil e na Argentina permaneça incontestável, os atuais governos estão demonstrando uma clara intenção de incorporar o yuan nas negociações financeiras e comerciais, em um movimento que favorece a influência financeira global da China. O desdobramento desta tendência dependerá das próximas eleições na Argentina e das dinâmicas globais que envolvem a aproximação do Brasil com a China.
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