O mundo político frequentemente nos surpreende com conexões obscuras e relações intrigantes. Uma dessas conexões que recentemente veio à tona é a contratação da filha de um membro do ETA (Euskadi Ta Askatasuna), um grupo separatista basco classificado como uma organização terrorista, pelo partido Sortu, uma ala mais radical de Bildu. O indivíduo em questão é Joseba Gotzon Vizán González, que atualmente está foragido na cidade brasileira do Rio de Janeiro. Sua filha, Maddi Marco, agora escreve artigos para a revista Erría, uma publicação que se autodenomina a "revista política" de Sortu. Vamos explorar essa conexão intrigante e as implicações que ela tem no cenário político espanhol.

Maddi Marco, a primogênita de Joseba Gotzon Vizán González, assumiu o papel de escritora na revista Erría, uma publicação afiliada a Sortu, um partido político conhecido por suas posições radicais e pela promoção da inclusão de 44 terroristas condenados em suas listas eleitorais. Em seus artigos, Maddi Marco aborda diversos tópicos relacionados aos eventos políticos e sociais atuais. Títulos como "A contagem regressiva para Bolsonaro?" e "Brasil, epicentro da pandemia" chamam a atenção para questões cruciais que moldam o debate político.

Fontes da luta antiterrorista expressaram preocupações sobre a relação entre a filha de um membro do ETA e Sortu. Embora Sortu defenda uma visão de um Euskal Herria diferente, as ligações com familiares de membros da ETA como Vizán levantam questões sobre a legitimidade e as intenções do partido. Isso suscita um debate acalorado sobre se a presença de Maddi Marco na equipe editorial da Erría é uma tentativa de normalizar ou até mesmo glorificar o passado terrorista de seu pai e sua afiliação com o ETA.

As acusações contra Vizán González remontam a janeiro de 1988, quando ele  participou de um atentado com explosivos contra o veículo do agente policial Manuel Muñoz Domínguez, causando ferimentos graves. Posteriormente, ele foi acusado de tentar assassinar o policial José María Diéguez García em Bilbao usando a mesma técnica terrorista. Em abril de 1988, membros do comando Vizcaya, com a suposta colaboração de Vizán González, tentaram realizar um ataque com granadas contra uma delegacia de polícia no País Basco. Após o desmantelamento do comando, Vizán González fugiu da Espanha e passou pela França antes de se estabelecer no México em 1993. Três anos depois, ele se mudou para o Brasil, onde vive sob a identidade falsa de Aitor Julián Arechaga Echevarría, até que sua verdadeira identidade foi descoberta em 2013.

Vizán González reside no Rio de Janeiro com sua companheira, Miren Josune Marco Oqueranza, que é professora titular de espanhol no Instituto Cervantes da cidade. Além disso, o casal tem uma filha, Maddi Marco, que agora escreve para a revista Erría, afiliada a Sortu. Vizán González, apesar de sua vida discreta no Brasil, dá aulas de espanhol para sobreviver, embora não seja no Instituto Cervantes.

A contratação de Maddi Marco pela revista Erría, ligada ao partido Sortu, trouxe à tona questões sérias sobre a relação entre a política e o passado terrorista de seu pai, Joseba Gotzon Vizán González. As implicações dessa conexão são complexas e controversas, levantando dúvidas sobre a legitimidade e as intenções de Sortu no cenário político espanhol. Enquanto isso, Vizán González continua vivendo no Brasil, evitando as acusações que o aguardam na Espanha.

À medida que esse debate se desenrola, é essencial que se continue a examinar as conexões obscuras entre grupos políticos e indivíduos com históricos controversos. Essas conexões podem ter um impacto significativo na política e na sociedade, e é importante que a transparência e a prestação de contas sejam priorizadas.