O renomado infectologista da Sesau, Renee Oliveira, mais uma vez destaca a importância de completar o esquema de vacinação contra a Meningite. Ele salienta que as vacinas representam a medida mais eficaz de proteção contra essa grave doença e estão prontamente disponíveis nos 102 municípios alagoanos.

Diante do aumento de casos de meningite em Alagoas, uma doença caracterizada pela inflamação das meninges e que, além de causar sequelas, pode ser fatal, o Dr. Renee Oliveira, infectologista da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), faz um apelo à população para que não negligencie a importância de completar o esquema vacinal contra essa enfermidade. Sua recomendação se baseia nos dados do último Boletim Epidemiológico divulgado pela Sesau, que aponta a ocorrência de 63 casos e 14 óbitos entre janeiro e agosto deste ano, em comparação com os 34 casos e três mortes registrados no mesmo período no ano anterior, indicando um aumento nas notificações.

Segundo o Dr. Renee Oliveira, a vacinação permanece como a maneira mais eficaz de se proteger contra a meningite. No entanto, enfatiza que é crucial seguir rigorosamente o esquema vacinal, que oferece diversos imunizantes disponíveis em todas as localidades dos 102 municípios alagoanos. Ele esclarece que o Ministério da Saúde (MS) disponibiliza vacinas como a Meningocócica Conjugada C, Meningocócica Conjugada A, C, W e Y, Pentavalente, Pneumocócica Conjugada 10-Valente e BCG, todas destinadas a fornecer a proteção adequada contra as principais formas de meningite, prevenindo o adoecimento, a propagação da doença, hospitalizações prolongadas e, em última instância, óbitos.

Conforme o Dr. Renee Oliveira, o Brasil é um líder global em imunização, e não há razão para surtos de doenças evitáveis. Ele insta a população a cumprir seu papel, levando seus filhos aos postos de vacinação e seguindo o calendário vacinal recomendado pelo Ministério da Saúde. Isso não apenas protege a si mesmo e seus entes queridos, mas também interrompe a cadeia de transmissão de vírus e bactérias, evitando que outras pessoas adoeçam.

De acordo com o Programa Nacional de Imunização (PNI), vinculado ao MS, o esquema vacinal inclui a Meningocócica Conjugada C, destinada a crianças de 3 e 5 meses, com reforço aos 12 meses, para proteção contra a Meningite Meningocócica do sorogrupo C. Já a Meningocócica Conjugada A, C, W e Y é recomendada para adolescentes de 11 a 14 anos, protegendo contra diferentes sorogrupos da Meningite Meningocócica.

A Pentavalente, por sua vez, imuniza crianças de 2, 4 e 6 meses contra a Meningite Meningocócica causada pela bactéria Haemophilus influenzae tipo b. A vacina Pneumocócica Conjugada 10-Valente é indicada para crianças de 2 e 4 meses, com reforço aos 12 meses, para proteger contra a meningite causada por 10 sorotipos de Streptococcus pneumoniae. Por fim, a BCG, administrada nos recém-nascidos, confere proteção contra a meningite tuberculosa.

O Secretário de Estado da Saúde, Dr. Gustavo Pontes de Miranda, faz um apelo aos pais para que atualizem a Caderneta de Vacinação de seus filhos e garantam que eles estejam protegidos contra a meningite. Ele destaca a segurança e eficácia comprovadas das vacinas, enfatizando a gravidade da meningite e os potenciais riscos à saúde.

O Dr. Renee Oliveira esclarece que os sintomas da meningite incluem febre, mal-estar, vômitos, náuseas, dor de cabeça e rigidez na nuca, tornando difícil encostar o queixo no peito. Quanto aos modos de transmissão, a meningite pode ocorrer por meio de alimentos e água contaminados na forma viral, bem como pela respiração na sua forma bacteriana.

Ele ressalta a importância de buscar imediatamente atendimento médico ao detectar esses sintomas, pois a meningite é uma doença grave, mas tratável quando diagnosticada precocemente. O Dr. Renee Oliveira faz um apelo à conscientização e imunização da população como medidas essenciais para prevenir a disseminação da meningite.