O Serviço Nacional de Saúde e Qualidade Agroalimentar da Argentina (Senasa) relatou recentemente a detecção de novos casos de gripe aviária H5 altamente patogênica em mamíferos marinhos na província de Chubut, no sul do país. Essa descoberta preocupante incluiu a primeira detecção positiva da doença em um elefante marinho. Os mamíferos afetados, incluindo elefantes marinhos e leões marinhos, foram encontrados mortos em três cidades costeiras da província: Comodoro Rivadavia, Rada Tilly e Punta Tombo. Este evento representa o décimo registro na Argentina envolvendo leões marinhos, levantando questões cruciais sobre a disseminação da gripe aviária em mamíferos marinhos nas Américas e em outras regiões do mundo.

A detecção da gripe aviária H5 em mamíferos marinhos na Argentina não é um caso isolado. Vários outros países das Américas e de outras partes do mundo também relataram recentes casos de gripe aviária em mamíferos marinhos. Essa tendência alarmante tem colocado os cientistas em alerta máximo, uma vez que estão acompanhando de perto esses eventos para avaliar se os animais estão contraindo o vírus de aves selvagens infectadas ou se estão transmitindo o vírus entre si. Essa última possibilidade poderia sinalizar que o vírus está se tornando mais transmissível entre mamíferos, uma situação que exige atenção urgente.

Enquanto a Argentina enfrenta sua própria crise com a gripe aviária H5 em mamíferos marinhos, outros países também estão lidando com desafios semelhantes. Na Finlândia, um país conhecido por sua indústria de produção de peles, uma decisão drástica foi tomada para conter a disseminação do vírus H5N1.

Dois meses após o primeiro caso de H5N1 ser detectado em uma fazenda de produção de peles finlandesa, a Autoridade Finlandesa de Segurança Alimentar emitiu uma ordem crucial. Esta ordem determinou o abate de todos os animais em 26 fazendas afetadas pela doença. Essa medida impacta cerca de 115 mil animais, principalmente raposas, que são criadas para a produção de peles. É importante notar que todos os visons nas fazendas já foram abatidos, pois são conhecidos por serem potenciais hospedeiros de vírus respiratórios.

A decisão das autoridades finlandesas de abater todas as raposas e guaxinins nas fazendas de peles visa prioritariamente proteger a saúde humana. A análise genética dos vírus encontrados nas fazendas de produção de peles afetadas indicou que o vírus se espalhou para animais de produção de peles em outras localidades. Isso levanta preocupações adicionais sobre a disseminação do H5N1.

Além disso, análises genéticas identificaram mutações em seis amostras de visons, raposas e guaxinins. Essas mutações podem facilitar a transmissão do vírus entre mamíferos, aumentando a preocupação com a possibilidade de uma mutação que torne o vírus ainda mais transmissível para os seres humanos. Nesse sentido, análises adicionais estão em andamento para compreender plenamente a situação e tomar as medidas adequadas.

A detecção da gripe aviária H5 em mamíferos marinhos na Argentina e a subsequente ordem de abate de animais nas fazendas de produção de peles na Finlândia destacam a importância da vigilância constante e da ação coletiva diante de ameaças à saúde pública.

A disseminação de doenças entre animais e a possibilidade de transmissão para humanos são desafios que requerem cooperação internacional, pesquisa contínua e decisões baseadas em evidências científicas sólidas. À medida que enfrentamos esses desafios, é essencial manter a saúde e a segurança de todos como prioridade máxima.

Neste cenário complexo, as autoridades de saúde e os cientistas de todo o mundo estão unidos na busca de soluções eficazes e na proteção da saúde global. À medida que novos desenvolvimentos ocorrerem, é fundamental permanecer informado e apoiar as medidas necessárias para mitigar os riscos associados à gripe aviária H5.