Os Artefatos descobertos ao longo da antiga rota do Cairo a Meca, conhecida como Darb al-Hajj, podem ter sido usados em rituais mágicos, de acordo com um estudo recente publicado pelo Dr. Itamar Taxel, da Autoridade de Antiguidades de Israel. A coleção de artefatos inclui fragmentos de chocalhos de argila, semelhantes a bolas de tênis de mesa, que produziam som quando sacudidos e dois artefatos semelhantes a altares de incenso votivo em miniatura, além de várias estatuetas, como uma representação de uma mulher nua ou de uma deusa com as mãos levantadas.

Esses artefatos, de acordo com o estudo, eram utilizados em rituais mágicos para afastar o mau-olhado, curar doenças e outros propósitos. A descoberta revela que, no período otomano, as pessoas consultavam feiticeiros populares, junto com a religião oficial. As análises indicam que os artefatos cerâmicos são originários do Egito, e essa descoberta marca a primeira vez que uma coleção tão substancial de objetos rituais desse tipo é encontrada em um local temporário.

A rota do Darb al-Hajj foi usada desde os primeiros séculos após o surgimento do Islã, do século VII ao século XIX. Nas proximidades das montanhas de Eilat, foram encontrados parques de campismo e estruturas para peregrinos que foram utilizados principalmente durante os períodos mameluco e otomano.

Os artefatos descobertos estavam frequentemente quebrados, sugerindo que podem ter sido danificados intencionalmente durante as cerimônias. Isso indica que rituais mágicos populares eram realizados no local por especialistas em cerimônias mágicas. Esses rituais eram executados diariamente, juntamente com os rituais religiosos formais, e é provável que os peregrinos que se dirigiam às cidades sagradas de Meca e Medina também os praticassem.

Com a descoberta desses artefatos ao longo da rota do Darb al-Hajj, a cidade de Eilat é posicionada para se tornar parte de uma área arqueológica e turística regional única.