O presidente russo, Vladimir Putin, faltou à reunião deste ano em Nova Deli, na Índia, para evitar tensões políticas e possíveis riscos de detenção criminal devido a um mandado do Tribunal Penal Internacional (TPI). O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, inicialmente afirmou que Putin não seria preso se visitasse o Brasil, mas depois voltou atrás em sua garantia, afirmando que a decisão cabe ao judiciário brasileiro.

Putin enviou seu ministro das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, para representá-lo na reunião do G20 em Nova Deli, que ocorreu em setembro, mesmo que a Índia não seja signatária do TPI.

Em março, o TPI emitiu um mandado de detenção contra Putin sob a acusação de deportação ilegal de crianças ucranianas como crime de guerra, algo que o Kremlin nega, considerando-o "nulo". Durante a reunião do G20, os países evitaram condenar Moscou pela guerra na Ucrânia, mas pediram a todos os Estados que evitassem o uso da força para anexar território.

A próxima cúpula do G20 está programada para novembro de 2024 no Rio de Janeiro, e Lula expressou a esperança de que a guerra termine até lá. Ele também questionou a participação do Brasil no Tribunal de Crimes de Guerra, ponderando por que o Brasil é signatário, enquanto os Estados Unidos, Rússia, Índia e China não o são. No entanto, ele não declarou sua intenção de sair do tribunal, apenas expressou curiosidade sobre o assunto.