Os Cientistas Podem Ter descoberto uma cura potencial para o alcoolismo após testes promissores em macacos. Um novo tratamento para o transtorno por uso de álcool (AUD) foi estudado com resultados impressionantes que, se replicados em humanos, poderiam ter um impacto monumental.

Uma equipe de neurocientistas e fisiologistas dos EUA testou uma nova terapia genética para atingir diretamente os circuitos cerebrais associados ao consumo excessivo prolongado de álcool. Pessoas com AUD tendem a recair no álcool mesmo depois de tentativas de parar, devido principalmente à sinalização de dopamina no cérebro. A proteína GDNF é crucial para manter o funcionamento adequado desses neurônios, porém os níveis de GDNF são menores em pacientes com AUD durante a abstinência.

Os pesquisadores decidiram testar se fornecer mais GDNF através da terapia genética poderia reforçar a sinalização dopaminérgica e evitar recaídas. Eles utilizaram oito macacos rhesus expostos a álcool por 30 dias, que desenvolveram comportamentos de consumo excessivo durante seis meses de acesso livre. Após 12 semanas de abstinência, metade recebeu o tratamento com GDNF injetado no cérebro.

Os resultados foram surpreendentes: após a terapia genética, o consumo de álcool caiu para quase zero. Os animais evitavam o álcool e mantinham os níveis no sangue tão baixos que quase não eram detectáveis. Isso sugere que a terapia poderia tratar casos graves de forma permanente.

O AUD afeta milhões de pessoas nos EUA, incluindo quase um milhão de adolescentes, ainda que ilegalmente. Esses achados inauguram a possibilidade de uma cura para esta doença devastadora. Mais pesquisas serão necessárias para avaliar a aplicação em seres humanos, mas o estudo representa um passo importante no combate ao alcoolismo.