Nos últimos meses, a Tailândia tem enfrentado um Surto contínuo e alarmante de varíola dos macacos (Mpox). Em agosto, especificamente, o número de Casos aumentou de forma significativa. De acordo com o Departamento de Controle de Doenças da Tailândia, o total de casos saltou de 189 em julho para 316 em agosto, um acréscimo de 145 novos pacientes em apenas um mês.

A maioria dos casos, 271 ou 85,8% do total, são homens que Fazem Sexo com homens. Muitos desses pacientes, 143 ou 45,3%, são também soropositivos para HIV. A idade dos pacientes varia de 16 a 39 anos, sendo que a maior concentração, 152 casos, está entre 30 e 39 anos. O paciente mais jovem até agora é um estudante do sexo masculino de 16 anos com histórico de múltiplos parceiros sexuais.

Geograficamente, a maior incidência é em Bangkok, com 198 casos, seguida por outras províncias próximas como Chon Buri (22 casos), Nonthaburi (17 casos) e Samut Prakan (12 casos). Quase todos os pacientes, 277 dos 316, são tailandeses infectados internamente no país.

Desde maio, quando foram notificados os primeiros 22 casos, a propagação tem aumentado gradativamente ao longo dos meses, chegando a 80 casos em julho e explodindo para 145 novos infectados em agosto apenas. Isso mostra uma disseminação acelerada do vírus, principalmente entre jovens e homens que fazem sexo com homens nas grandes cidades tailandesas.

Além disso, há preocupação especial com o aumento de casos entre adolescentes em agosto, com 16 novos infectados nessa faixa etária. Um estudante de 16 anos foi diagnosticado com Mpox após apresentar lesões na pele e inflamação nos órgãos genitais, tendo relações sexuais com múltiplos parceiros.

Em meio a esse cenário de rápida expansão do surto, a Organização Mundial da Saúde forneceu à Tailândia doses do medicamento tecovirimat, eficaz contra o grupo de vírus que causa a varíola. No entanto, a vacinação ainda não foi citada como estratégia adotada para conter a disseminação do vírus, especialmente entre grupos mais vulneráveis.

O surto na Tailândia revela a necessidade urgente de ampliar a vacinação e os programas de prevenção, a fim de proteger as comunidades de maior risco e evitar que o número de casos continue a crescer de forma alarmante nos próximos meses.