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Omissão do poder público agrava a leishmaniose e custa vidas de cães e pessoas no país

Ausência da Vacina contra a Leishmaniose canina no Brasil coloca em risco a saúde pública

Cão com LV, apresentando apatia, alopecia e lesões no corpo.


Cerca de 68 mil novos casos de leishmaniose visceral foram notificados entre 2001 e 2020 em 13 países das Américas, e mais de 39,7 mil casos de leishmaniose cutânea e mucosa foram registrados em 2020 na América Latina e no Caribe. 
Cão com onicogrifose(crescimento de unha).


Fêmea de Flebotomíneo adulto, engurgitada

Falta de política contra a leishmaniose demonstra descaso com animais e população brasileira

A leishmaniose visceral é causada por um parasita e é fatal em mais de 95% dos casos; a leishmaniose cutânea causa ulceração e resulta na destruição parcial ou completa das mucosas do nariz, boca e garganta.
Fase aguda: Paciente com leishmaniose visceral(Fígado e baço comprometidos)

Período de estado: Paciente com Leishmaniose Visceral.


Falta de transparência sobre problemas na produção da vacina Leish-Tec deixa tutores sem opção de prevenção

A única vacina contra a leishmaniose canina disponível no país, a Leish-Tec, teve sua fabricação, venda e aplicação suspensas recentemente. Isso representa um grande problema, já que essa doença zoonótica afeta milhares de cães brasileiros a cada ano.

Inicialmente, a Ceva Saúde Animal - fabricante da vacina - anunciou que seis lotes do imunizante (029/22, 037/22, 043/22, 044/22, 060/22 e 004/23) foram recolhidos após serem “identificados desvios”. No entanto, pouco detalhes foram divulgados sobre esses desvios e quais problemas específicos foram encontrados nos lotes.

Decisão do MAPA compromete controle da leishmaniose canina no país com suspensão total da vacina

Posteriormente, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) informou a suspensão total da fabricação e comercialização da Leish-Tec, ampliando também o recolhimento para mais dois lotes (006/23 e 017/23). Segundo o órgão, esses oito lotes foram reprovados por apresentarem teor de proteína A2 abaixo do limite mínimo estipulado na licença do produto.

A proteína A2 faz parte da composição da vacina e tem como função induzir a resposta imune no organismo dos cães contra o parasita da leishmaniose. Portanto, detectar uma quantidade insuficiente dessa substância nos lotes em questão indica que o imunizante pode não estar sendo fabricado com a formulação e qualidade esperadas para garantir a proteção contra a doença.

Dúvidas permanecem após fabricante e órgão sanitário tomarem medida drástica contra imunizante

No entanto, mesmo com essa justificativa, permanecem dúvidas sobre os dados específicos que levaram o Mapa a tomar tal decisão drástica. A Ceva também não se manifestou de forma clara sobre as causas dos problemas detectados nos lotes, gerando incertezas sobre a situação real da produção da vacina.

Desenvolvida pela UFMG, a Leish-Tec era o único produto registrado e disponível no mercado brasileiro para imunização de cães contra a leishmaniose. Apesar de não integrar o rol de vacinas do SUS, ela era aplicada anualmente em milhares de animais por meio de clínicas privadas.

Tutores ficam desamparados diante da suspensão da única vacina registrada contra grave doença zoonótica

No entanto, sem outras opções aprovadas no país, a suspensão total coloca tutores e clínicas veterinárias em situação de vulnerabilidade, sem meios de realizar a prevenção da doença nos cães. Isso pode levar ao agravamento dos índices de leishmaniose canina nos próximos anos caso não haja uma rápida resolução do caso pela Ceva e pelo Mapa.
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Número de casos da doença dispara sem medidas efetivas de prevenção e controle no Brasil


A ausência da vacina contra a leishmaniose canina no Brasil é extremamente grave e representa uma grande omissão do poder público. Essa doença zoonótica afeta milhares de cães todos os anos no país e também coloca em risco a saúde da população.

A leishmaniose é uma doença negligenciada pela autoridades há anos. Enquanto outros problemas de saúde recebem bastante atenção e verbas, pouco se faz no Brasil para controlar essa zoonose, que se agravou sem uma política pública adequada de prevenção e combate.

A única vacina disponível para cães era um grande trunfo para evitar a propagação da doença entre esses animais e impedir que o parasita fosse transmitido aos humanos. No entanto, com a falta de produção desse imunizante, os tutores de pets ficaram completamente desamparados.

O imunizante não é disponibilizado pelo SUS

  •  A vacina Leish-Tec não é oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS) como medida de controle contra a leishmaniose.
  • O imunizante é disponibilizado apenas em clínicas veterinárias privadas. O esquema de vacinação prevê três doses, com intervalo de 21 dias entre elas, a partir dos 4 meses do cão, além de imunização anual.
  • Cada dose custa, em média, R$ 180.

Sem o instrumento básico de prevenção, o país vê agora o número de casos subir assustadoramente ano a ano. Somente em 2021, estima-se que mais de 200 mil cães adoeceram de leishmaniose no Brasil. Muitos acabaram morrendo devido à gravidade da doença e falta de tratamento.

Além de tirar a vida de incontáveis bichinhos de estimação, a omissão estatal também coloca em risco a população. Estimativas indicam que em média, cerca de 2 mil pessoas contraem a forma visceral da doença todo ano. Ela causa sintomas graves e pode levar à morte se não tratada corretamente.

A leishmaniose passa despercebida como problema por muitos anos, mas se tornou uma séria ameaça à saúde pública brasileira. A cada dia que o poder público não toma medidas concretas para resolução do problema, mais vidas animais e humanas são perdidas.

É urgente que o governo federal assuma de fato o controle dessa grave doença. Isso requer não somente o retorno da vacina para cães, mas também um plano nacional de diagnóstico precoce, monitoramento dos casos e tratamento gratuito. Além disso, ações de educação e combate aos vetores são igualmente importantes.

A ausência de uma política pública contra a leishmaniose demonstra claramente a falta de compromisso das autoridades com o bem-estar dos animais e a saúde da população. Enquanto isso não for corrigido, o cenário tende a piorar cada vez mais no país.

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