Na sessão temática sobre a descriminalização de Drogas no Senado, o médico psiquiatra Salomão Rodrigues, membro do Conselho Federal de Medicina (CFM), e Antônio Geraldo da Silva, presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), expressaram preocupações em relação à possível liberação de entorpecentes no Brasil. A discussão foi conduzida pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Rodrigues destacou a importância do investimento público em estratégias eficazes de combate ao tráfico de drogas, fortalecimento de ações preventivas e educativas, especialmente para populações vulneráveis economicamente, além da expansão e aprimoramento da rede de assistência médica e psicossocial para usuários.

Por sua vez, o presidente da ABP, Antônio Geraldo da Silva, mencionou o aumento alarmante nas taxas de suicídio no Brasil. Ele relacionou esse aumento à maior disponibilidade de drogas e álcool, apontando para a necessidade de abordar questões de saúde mental subjacentes. Ele enfatizou que a facilidade de acesso às substâncias contribui para o agravamento das doenças mentais e ressaltou a importância de ações concretas para abordar esse problema.

O debate ocorreu paralelamente ao julgamento pelo Supremo Tribunal Federal (STF) da constitucionalidade do artigo 28 da Lei de Drogas, que trata das penas para o porte de drogas para uso pessoal. Enquanto as autoridades de saúde alertam sobre as implicações negativas da possível descriminalização Das Drogas, o país enfrenta o desafio de equilibrar as preocupações de saúde pública com os direitos individuais e a abordagem legal das políticas de drogas.