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Autoritarismo sandinista mostra sua face mais brutal ao banir ordem do Papa Francisco

Companhia de Jesus paga o preço por denunciar ditadura de Ortega

O regime sandinista da Nicarágua, liderado pelo presidente Daniel Ortega e sua esposa Rosario Murillo, dissolveu e confiscou os bens da Companhia de Jesus no país. A ordem representa um novo capítulo na história de perseguições sofridas pela congregação católica fundada por Santo Inácio de Loyola.
O Papa Francisco e o ‘papa negro’, Arturo Sosa Abascal, superior da Congregação Geral da Companhia de Jesus. 

Em Roma, tanto o Papa Francisco como o “papa negro”, o superior dos jesuítas, o venezuelano Arturo Sosa, optaram por usar uma linguagem cautelosa face aos excessos do governo da Nicarágua que afetaram a Igreja Católica em geral e o Companhia de Jesus em particular. O enfoque latino-americano que Roma tem com estes dois jesuítas, segundo analistas, tem sido bastante tímido face ao sandinismo.

Nicarágua de Ortega repete padrão histórico de perseguir jesuítas

A Companhia de Jesus, da qual faz parte o Papa Francisco, vinha adotando uma postura discreta diante da escalada autoritária do governo nicaraguense nos últimos anos. Desde 2018, mais de 3 mil organizações da sociedade civil foram ilegalizadas no país. Em 2021, o regime cancelou o estatuto jurídico de duas entidades jesuítas.

A estratégia não evitou a dissolução. Em junho passado, o governo extinguiu a Universidade Centro-Americana (UCA), fundada pelos jesuítas há 60 anos. O regime alegou que a UCA não teria cumprido exigências legais. No lugar, criou a estatal Universidade Casimiro Sotelo.

Ortega eleva tom contra Igreja e mostra seu descompromisso com direitos humanos

Agora, o Ministério do Interior acusa os jesuítas de não apresentarem demonstrativos financeiros dos últimos anos e de terem conselho administrativo com mandato vencido. Com isso, dissolveu juridicamente a ordem religiosa no país e confiscou todos seus bens móveis e imóveis.

Na semana passada, a polícia já havia tomado a residência dos jesuítas em Manágua, permitindo apenas a retirada de itens pessoais. O governo afirma que os bens serão transferidos para o Estado nicaraguense.

A dissolução da Companhia de Jesus ocorre depois de outras ações do regime contra a Igreja Católica, como prisão de padres, expulsão do núncio apostólico e proibição de procissões religiosas.

A reação do Vaticano e da cúpula jesuíta tem sido cautelosa. Tanto o Papa Francisco quanto o superior geral Arturo Sosa optaram por linguagem comedida, apesar da gravidade da situação. Analistas atribuem isso a uma postura excessivamente tímida em relação ao sandinismo.

Críticos observam que nem mesmo a ditadura de Anastásio Somoza, derrubada pela revolução sandinista em 1979, havia tomado medidas tão extremas contra a Igreja Católica e suas instituições.

A Companhia de Jesus tem uma longa história de embates com governos autoritários. Fundada por Inácio de Loyola em 1540, a ordem sempre teve grande influência educacional e missionária. Seus métodos de evangelização incomodavam setores conservadores.

As tensões levaram a expulsões dos jesuítas de vários países. Em 1773, o papa Clemente XIV suprimiu a ordem sob pressão de monarcas absolutistas. A Companhia de Jesus só foi restabelecida em 1814.

Na América Latina, os jesuítas tiveram papel de destaque na catequese indígena durante o período colonial. Foram expulsos de quase todas as colônias ibéricas no século XVIII. Seus colégios e universidades continuam influentes.

Na Nicarágua, a UCA teve participação ativa na luta contra a ditadura de Somoza. Com o triunfo sandinista em 1979, a universidade manteve uma postura crítica diante dos excessos do regime de esquerda.

Nas décadas recentes, sob a liderança de Ortega, o sandinismo abandonou seus ideais originais e adotou contornos autoritários. A perseguição aos jesuítas é mais um capítulo na escalada ditatorial do governo.

A dissolução da ordem e a confiscacao de seus bens provocou condenação de entidades católicas e de direitos humanos. Para analistas, essa medidas extremas buscam calar as vozes críticas e consolidar o projeto de poder absoluto de Ortega e Murillo.

O episódio coloca desafios tanto para a cúpula da Companhia de Jesus quanto para o papado. Embora o tom conciliador seja compreensível, críticos argumentam que reações mais contundentes se fazem necessárias diante de violações aos direitos humanos.

O futuro dos colégios jesuítas na Nicarágua também é incerto. Teme-se que o regime avance contra essas instituições educacionais, fundamentais para a formação de gerações de nicaraguenses.

A crise nicaraguense põe em evidência as tensões históricas entre Igreja e Estado. A defesa de valores democráticos e liberais frequentemente coloca os jesuítas em rota de colisão com governos totalitários, gerando retaliações.

O episódio na Nicarágua tem potencial de se tornar um marco na trajetória da Companhia de Jesus na América Latina e suas relações com movimentos de esquerda da região. A reação da ordem e da Santa Sé aos desmandos do regime sandinista poderá sinalizar até que ponto estão dispostos a enfrentar violações de direitos humanos e liberdades civis pelo continente.

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