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América e a luta contínua contra a Leishmaniose: desafios e estratégias

Leishmaniose: Um Desafio Persistente para a Saúde Pública nas Américas

A Leishmaniose, uma doença que afeta principalmente as populações negligenciadas, continua sendo um desafio para a saúde pública e exige a cooperação entre autoridades, profissionais de saúde e a população em geral para a implementação de medidas de vigilância, prevenção e controle. Essa doença infecciosa é comum nas Américas e representa uma ameaça significativa à saúde. No Brasil, a maioria dos casos é registrada em áreas rurais onde a falta de investimento em infraestrutura de saneamento, atenção médica e educação básica é mais prevalente. Para combater e eliminar a leishmaniose, a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) opera o Programa Regional de Leishmaniose, fornecendo apoio aos países endêmicos e promovendo colaborações técnicas para fortalecer as ações de redução de casos.

Insetos Vetores e Leishmaniose: Estratégias de Prevenção e Controle em Foco

A leishmaniose é causada por parasitas do gênero Leishmania, transmitidos por insetos flebotomíneos, também conhecidos como mosquito-palha, tatuquira ou birigui. A doença possui duas formas: leishmaniose tegumentar ou cutânea, que afeta a pele e as mucosas, e a forma visceral ou calazar, que afeta os órgãos internos como fígado, baço e medula óssea. Embora não seja transmitida diretamente de pessoa para pessoa, a Leishmaniose Visceral pode ser fatal quando não tratada.
Pare a leishmaniose escrita à mão


A propagação da leishmaniose tem gerado preocupação entre especialistas. Entre 2015 e 2020, o Ministério da Saúde relatou mais de 16 mil casos anuais de leishmaniose cutânea no Brasil, com maior incidência nas regiões Norte, Centro-Oeste e Nordeste. Além disso, nos últimos 20 anos, a Opas notificou mais de um milhão de casos de leishmaniose cutânea nas Américas, resultando em uma média de 50 mil casos anuais.

Esses dados são cruciais para monitorar e entender as diferentes formas clínicas da doença, bem como para desenvolver estratégias eficazes de combate. A complexidade epidemiológica da leishmaniose apresenta desafios significativos na prevenção e controle. No entanto, as principais medidas preventivas devem se concentrar nos insetos flebotomíneos, que vivem principalmente em matas ou áreas próximas, multiplicando-se em material orgânico durante as estações úmidas.

Leishmaniose e Meio Ambiente: Relação entre Desmatamento e Aumento de Casos

Maria Inês Fernandes Pimentel, chefe do Laboratório de Pesquisa Clínica em Leishmanioses do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI) da Fiocruz, destaca a importância de evitar entrar em matas, construir casas longe delas, usar telas de malha fina em portas e janelas, roupas de mangas e calças compridas, além de repelentes em áreas expostas. Ela também enfatiza a necessidade de evitar acúmulo de lixo e usar recipientes de lixo com tampas, pois esses podem atrair animais como roedores e gambás, que são reservatórios dos protozoários que infectam os insetos flebotomíneos.

No tratamento da leishmaniose, Maria Inês Fernandes Pimentel ressalta a importância de avaliação médica cuidadosa, acompanhamento clínico e exames antes, durante e após o tratamento. A escolha dos medicamentos e a via de administração variam de acordo com o tipo de leishmaniose, tamanho e localização das lesões, espécie do parasita, idade do paciente e condições de saúde específicas, como gravidez ou infecções coexistentes.

Na leishmaniose visceral, a transmissão ocorre quando o inseto flebotomíneo pica um hospedeiro infectado, geralmente um cão, e depois pica um ser humano. Isso torna os cães responsáveis pela manutenção da transmissão da doença. A prevalência anual da leishmaniose visceral em humanos no Brasil é cerca de 3.000 casos. A doença está presente em todos os estados brasileiros e manifesta-se com sintomas como perda de peso, febre e inchaço abdominal. Geralmente, afeta mais gravemente crianças, idosos e indivíduos imunodeficientes.

O tratamento da leishmaniose visceral em cães envolve medicamentos diferentes dos usados em humanos, como a miltefosina. Embora eficaz na redução do risco de transmissão, esse tratamento é caro e requer exames e consultas regulares, levando muitos proprietários a abandonar o tratamento. A eutanásia é recomendada para cães não tratados que apresentem resultados positivos em testes parasitológicos, embora a eliminação de cães tenha se mostrado menos eficaz do que outras estratégias de controle, como uso de inseticidas e vacinação canina.

O uso de coleiras repelentes é recomendado como medida complementar para minimizar a transmissão da leishmaniose visceral. Essas coleiras contêm deltametrina, que atua como repelente e inseticida contra o inseto flebotomíneo. A vacinação canina também é considerada uma forma de prevenir a infecção, mas ainda está sendo avaliada em termos de custo-benefício.

A expansão urbana, o desmatamento e as migrações da população rural para áreas urbanas têm contribuído para o aumento dos casos de leishmaniose visceral em áreas urbanizadas. A doença agora é observada em várias capitais brasileiras devido ao papel dos cães domésticos como reservatórios. Elisa Cupolillo, do IOC, salienta a importância de entender essa dispersão para implementar medidas de controle mais eficazes.

Em resumo, a leishmaniose continua a ser um desafio de saúde pública nas Américas, particularmente no Brasil, onde afeta principalmente áreas rurais e urbanas em expansão. A colaboração entre autoridades, profissionais de saúde e população é fundamental para implementar medidas de prevenção, controle e tratamento. A luta contra a leishmaniose exige uma abordagem abrangente que inclua o controle dos insetos vetores, o tratamento adequado de humanos e cães infectados, bem como a compreensão das mudanças ambientais que contribuem para sua disseminação.

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