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João Cabanas: Da Ocupação da Estação da Luz à Fundação da Aliança Nacional Libertadora

João Cabanas nasceu na cidade de São Paulo no dia 29 de junho de 1895, filho dos imigrantes espanhóis Artur Cabanas e Maria Cabanas.
 lutas tenentistas da década de 1920


Iniciou os estudos no Ginásio Pernambucano, em Recife, e de volta a São Paulo cursou a Faculdade de Direito e também a Escola de Oficiais da Força Pública.

Já tenente, mas — conforme declarou em entrevista ao Jornal da Tarde — decepcionado com a concorrência e os apadrinhamentos da vida militar, aguardava a apreciação de seu pedido de demissão do Exército quando eclodiu o movimento armado de 1924 contra o Governo do presidente Artur Bernardes. 

O movimento, uma das mais importantes lutas tenentistas da década de 1920, irrompeu no dia 5 de julho em Sergipe, no Amazonas e em São Paulo, onde os rebeldes, comandados por Isidoro Dias Lopes, ocuparam a capital por três semanas. Cabanas participou ativamente dessa ocupação. Sua missão na madrugada de 5 de julho foi tomar e controlar a Estação da Luz, ponto de passagem obrigatório das tropas federais. Em apenas quatro dias, ele e sua guarnição de apenas 15 homens venceram os adversários nessa estação e ocuparam o palácio do governo do estado. Ainda durante o conflito de 1924 comandou a “Coluna da Morte”, que prolongou a luta no interior do estado, não foi juntar-se à Coluna Prestes, como fizeram os grupos que participaram do movimento de 1924 em São Paulo e no Rio Grande do Sul.

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As Aventuras do Tenente João Cabanas: De Herói Tenentista a Mitos e Lendas

Nessa época começaram a surgir as lendas em torno do tenente Cabanas, um personagem que na década de 1920 inflamou a imaginação popular: dizia-se que as balas atravessavam seu corpo sem fazer-lhe qualquer mal; que saltava, de um telhado a outro, distâncias superiores às possibilidades humanas; ou que, certa vez, no sul de Mato Grosso, São Jorge enviou-lhe seu cavalo branco para que rompesse o cerco dos inimigos. 


Ainda em 1924, sua cabeça foi posta a prêmio pelo governo por quinhentos contos, o que o levou a exilar-se no ano seguinte.

Após a Revolução de 1930, da qual participou juntamente com outros tenentes paulistas, foi enviado pelo presidente Getúlio Vargas à Europa em comissão de estudos de economia política. De volta ao Brasil em 1933, participou no ano seguinte, ao lado de alguns amigos, como Agildo Barata, Nemo Canabarro Lucas e José Augusto de Medeiros, de ações isoladas contra os integralistas que desfilavam uniformizados pelas ruas do Rio de Janeiro, então Distrito Federal.

Em março de 1935, já tenente-coronel, posto em que se reformou, e já na oposição a Vargas, assinou juntamente com Herculino Cascardo, Roberto Sisson, Trifino Correia, Moésia Rolim, Henrique Cordeiro Oest, Abguar Bastos, Francisco Mangabeira, Benjamim Cabello e outros, a ata de fundação da Aliança Nacional Libertadora (ANL), organização política de âmbito nacional que reuniu representantes de diferentes correntes políticas — socialistas, comunistas, católicos e democratas — e de diferentes setores sociais — proletários, intelectuais, profissionais liberais e militares —, todos atraídos por um programa que propunha a luta contra a fascismo, o imperialismo, o latifúndio e a miséria. Com a proscrição da ANL, decretada em 11 de julho, esteve preso em Natal. 

Em 1937, não apoiou o golpe de Vargas, que implantou o Estado Novo (1937-1945).

De 1949 a 1950 integrou o conselho consultivo do Centro de Estudos e Defesa do Petróleo e da Economia Nacional (CEDPEN), associação civil fundada em abril de 1948 com o objetivo de promover uma “larga campanha de esclarecimento da opinião pública, através de artigos, conferências, debates, comícios, caravanas e demais meios constitucionais e democráticos, visando a congregação dos brasileiros que pugnavam pela tese nacionalista de exploração das jazidas pelo monopólio estatal”. 

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Ainda em 1950, apoiou a candidatura de Vargas à presidência da República e candidatou-se à Câmara dos Deputados na legenda do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB). Realizado o pleito em outubro, Vargas elegeu-se e Cabanas obteve a terceira suplência do seu partido. Exerceu o mandato de abril de 1953 a agosto de 1954 e voltou a se candidatar em outubro desse ano. Eleito novamente suplente, não chegou a assumir o mandato.

Faleceu na cidade de São Paulo em janeiro de 1974. Publicou Os fariseus da revolução (1932).
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 lutas tenentistas da década de 1920

As lutas tenentistas da década de 1920 foram uma série de revoltas lideradas por oficiais jovens e subalternos das Forças Armadas do Brasil, conhecidos como "tenentes". Esses levantes foram motivados por uma série de insatisfações com o governo da época, incluindo a corrupção política, a centralização do poder nas mãos das oligarquias regionais, o clientelismo e a falta de participação dos militares nas decisões políticas do país.

Os tenentes eram em sua maioria jovens oficiais do Exército, com formação acadêmica, que buscavam transformações na política e na sociedade brasileira. Eles viam o Exército como um instrumento capaz de promover reformas e mudanças para uma nação mais justa e moderna. Suas principais demandas incluíam o voto secreto e universal, a profissionalização do Exército, o combate à corrupção e o fim das práticas políticas oligárquicas.

O movimento tenentista ganhou força na década de 1920, com diversos episódios de revolta e insurreição ocorrendo em diferentes regiões do Brasil. Alguns dos principais movimentos e revoltas foram:

Revolta dos 18 do Forte de Copacabana (1922): Em 5 de julho de 1922, um grupo de jovens oficiais, conhecidos como "os 18 do Forte", liderados pelo tenente Eduardo Gomes, se rebelou contra o governo, em protesto contra a política do governo Epitácio Pessoa e a falta de modernização do Exército. A revolta foi reprimida, e os líderes foram presos ou mortos.

Revolta Paulista de 1924: Em 5 de julho de 1924, teve início a revolta liderada por oficiais paulistas, como João Cabanas, em São Paulo, Sergipe e Amazonas. O movimento tinha como objetivo derrubar o governo de Artur Bernardes, mas foi duramente combatido pelo Exército leal ao governo central. A revolta paulista foi uma das mais importantes e prolongadas do movimento tenentista.

Coluna Prestes (1925-1927): Liderada por Luís Carlos Prestes e Miguel Costa, a Coluna Prestes foi um movimento que percorreu o Brasil por quase dois anos, com a participação de militares e civis, inclusive alguns tenentes. A coluna percorreu cerca de 25.000 km, atravessando estados e enfrentando tropas do governo, em uma marcha que ficou conhecida como "a marcha da fome". Apesar de não ter alcançado seus objetivos políticos, a Coluna Prestes ganhou apoio popular e se tornou um símbolo da luta contra as oligarquias e a opressão social.

Revolta do Forte de São João (1924): O movimento tenentista também se espalhou pelo Nordeste do Brasil, e em Pernambuco, o Forte de São João foi palco de uma rebelião liderada por alguns tenentes em 1924. O movimento foi sufocado pelas forças governamentais, mas mostrou a disseminação das insatisfações por todo o país.

Em geral, as lutas tenentistas da década de 1920 não alcançaram seus objetivos imediatos de derrubar o governo e implementar mudanças políticas significativas. No entanto, elas ajudaram a abrir caminho para a Revolução de 1930, que marcou uma ruptura com o período oligárquico da República Velha e levou Getúlio Vargas ao poder, representando um marco importante na história política do Brasil. As demandas e ideais dos tenentes também influenciaram a formação de uma nova identidade para as Forças Armadas brasileiras, buscando maior profissionalização e modernização.


📙 GLOSSÁRIO:


🖥️ FONTES :
Com Agências :
FONTES: ARQ. GETÚLIO VARGAS; BARATA, A. Vida; CÂM. DEP. Deputados;
CARNEIRO, G. História; CARVALHO, E. Petróleo; CISNEIROS, A. Parlamentares; CONSULT. MAGALHÃES, B.; Encic. Mirador; Estado de S. Paulo (29/1/1974); FAUSTO, B. Revolução; FIGUEIREDO, E. Contribuição; Jornal da Tarde (2/7/1973);
LIMA, L. Coluna; SILVA, H. 1935; TAVARES, J. Radicalização; TRIB. SUP. ELEIT.
Dados (2 e 3).
NOTA:

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