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Invasões

(...)"Eia! eia! eia! eia-hô-ô-ô! 
Eia comboios, eia pontes, eia hotéis à hora do jantar,[...]
A grande invasão dos bárbaros amarelos pela Europa" (...)

Álvaro de Campos








Portugal exporta bens e serviços , mas um dos produtos com maior venda internacionalmente é o turismo.

Lisboa tem sido nos últimos anos o ponto de encontro de todas as nacionalidades , raças, culturas e religiões que pisam a Europa, e o Portugal profundo recentemente descoberto pelos ludambulistas nacionais e internacionais, é considerado um paraíso de tranquilidade a preços convidativos.




Vejo passivamente todos os dias entre as 10 e as 20 horas, Lisboa ser invadida pelos bárbaros.
Que nos é fundamental esta invasão para o crescimento económico, nem sequer ponho em causa.

Mas o turista que cá vem, não sabe ser turista: paga, manda e quer. Exige. Reclama !
Reclamar está na moda. Toda a gente bem lá no fundo tem uma pequena costela de escritor.
 Porque não começar pelo vermelhinho Livro de Reclamações, onde se pode dar azo à imaginação ou escrever o que nos vai na alma ? Está calor ? Reclama. Está frio? Reclama. 




Encontrar hotéis, Inns, Airbnb's, Hostels, etc. em Lisboa, basta descer a Av. da Liberdade até ao Terreiro do Paço e apontá-los, porta sim, porta não.

Apoiei a Taxa Municipal que a CML aplicou. Todas as outras cidades da Europa já o fazem há anos e se é para ajudar a criar um bom suporte de infraestrutura turística, apoiado !

Gosto de ser turista lá fora e cá dentro e de ter direito aquilo a que me propus e paguei para ter. Mas nós portugueses, que somos tão mal afamados, comparados a "criminosos de guerra" porque supostamente gastamos o que temos e o que não temos em "mulheres e bebida", somos civilizados o suficiente para entender que ver não é mexer  nem estragar. É aprender e gostar. 

Depois de ter referido o Convento de Cristo, em Tomar, garanto que em Lisboa, Porto, Braga, Évora, Sintra,etc.  Museus, Palácios e outros monumentos, para além das próprias cidades que não estão minimamente preparadas para receber tanta gente ( atentemos, por exemplo a falta de WCs públicos), sofrem as agruras da erosão desgastante de milhares de visitantes diários.



A questão aqui é que a chamada época baixa, quando se acalmava o movimento e se começava com o balanço e os preparativos para a nova invasão, que noutros tempos principiava  no despontar da Primavera e ganhava força após o Solstício de Verão, deixou de existir. A entrada de turistas é praticamente  constante durante todo ano, apenas com picos mais acentuados nos meses quentes.

Se se estão a tomar medidas de prevenção, reparação e inovação, não sei. Dizem que sim. Dizem sempre que sim, mesmo quando a resposta é indeterminada.

Pergunto-me quanto tempo durará a nossa cultura, a nossa história viva, os nossos testemunhos de pedra,  debaixo dos pés destas hordas de visitantes pouco civilizados que nunca irão parar de chegar. 



Todas as fotos por MDRoque




                    


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