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Sem Abrigo

"Tornas-te eternamente responsável por tudo aquilo que cativas"


Antoine de Saint Exupery




Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós.
 Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós.


Antoine de Saint Exupery








Ter um blog dá trabalho.

Ter um blog é quase como ter um filho que necessita muita da nossa atenção.

Eu sou um raio de uma mãe desnaturada. Não tenho ligado muito ao catraio.

 Ultimamente tenho praticado o que vi e ouvi na minha juventude em Nandufe: " é deixá-los andar, deixá-los livres, soltos e alegres, que medram felizes e homens de bem."

Contudo há que lhes alimentar a alma, porque corpo airoso sem alma, definha e perece e não ressurge nem nas lembranças de quem fica quanto mais nas de quem passa.



Não gosto de encher chouriços. Já o fiz tantas vezes sem me aperceber, outras conscientemente,  na prática e in loco, na verdadeira acepção da coisa, como escrevi em Porcos e Maus, no Paleolítico das minhas lides blogosféricas.



Nunca me defini como a escritora que não sou, nem como a blogger que gostaria de ser. Sou apenas uma piquena entradota que escreve coisas quando tem uns minutos a mais  no cronómetro milimétrico dos seus muitos afazeres.


Quantas vezes não me esfalfo para me recompensar com o almejado intervalo, me sento à secretária, olho o monitor e não sai nada... eu bem espremo, a sério, mas são demasiadas as vezes que a atenção me chama para outra realidade.

Até a  cabeça anda por outras paragens, mais arejada, mais calma, mais adaptada á nova dimensão das coisas... eu bem tento fazê-la descer à terra e extrair-lhe  ideias divergentes, cadentes, luminosas  que,  como estrelas num céu escuro, consigam compor a tiara brilhante que por fim iluminará a triste sina deste enteado que criei como filho e depois votei ao esquecimento e ao abandono.


Tem dias que lhe dou algum tempo e  lhe estendo a mão, qual soberba rodeada de órfãos que agracia com sorrisos e a moeda que compra pão mas nunca afecto. E eu gosto dele, do meu blog, é meu... mas quero senti-lo, quero amá-lo, não quero que seja a obrigação que move o dedo que prime a tecla. Não o quero o meu sem abrigo particular.

Quero que quem leia me encontre aqui, em cada letra, cada ponto, cada virgula, cada sorriso ou em cada lágrima.






                                                      


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