Depois de tanto tempo o cérebro parece que congela, tentado me encontrar nessa nova vida
que me causa tontura só de pensar o quanto estou desprotegida e exposta,
a minha volta é necessária, mais que um desejo é estar em paz, do qual possui e despercebia.
As ferias já acabaram e eu ainda não voltei pra casa, vai ser difícil mas ele me disse que
eu tinha de ser forte, e nunca chorar com as dificuldades, e eu as encontro em cada esquina
e meus olhos se assemelham com as nuvens carregadas ou um dia de chuva.
A vida parece acabada e mais do que nunca sem sentido algum, só o de desistir
mas eu me espelho em novas pessoas e não sou mais a única a carregar saudade
é uma péssima forma de se sentir aliviada, mas é o que posso e o que ate agora
me assegura nessa imensidão,por enquanto.
O que eles querem é que eu esteja sempre sorrindo, mas deixo escapar vestígios dos meus
próprios demónios, não quero me acostumar aqui pois minha casa já ocupa esse lugar
e eu só quero que os dias passem rapidamente pra nem senti-los e logo (eu espero)
estar de volta a tudo que eu sempre fui, e das pessoas que de saudades estou morrendo,
ao meu recanto pessoal.
Parece insensatez mas o mundo me obriga a ser alguém, a estar numa faculdade e
estou muito longe de tudo aquilo que remete ao meu passado, ao que eu mais quero
e preciso agora.