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Contra o delírio eleitoral: concentrar esforços na luta contra o golpe e pela liberdade de Lula.

Em poucas horas, o que já se dava de forma mais discreta, veio à tona sem pudores. O anuncio de desistência da candidatura presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva, a maior liderança popular do País, por parte da direção do PT, realizado na última terça (dia 11), deu lugar a uma onda de baixaria e vale tudo eleitoral, por um lado, e de um eleitoralismo explícito e dominado por profundas ilusões, por outro.
Da direita, como era previsível veio uma nova onda de ataques, contra o PT, Lula, o PT e seu substituto. Como de costume, além de seus veículos próprios os golpistas se valeram do “fogo amigo”, de estelionatários políticos, como o presidenciável Ciro Gomes que, depois de tentar – sem sucesso – se colocar como o “candidato da esquerda” (inclusive com público apoio de golpista. da TV Globo como Merval Pereira e Miríam Leitão, que o anunciaram como a “melhor opção da esquerda”) e de encontrar dificuldades (ao menos por hora) na busca de se consolidar como o candidato preferencial da direita, com entendimentos com o DEM, militares e outros golpistas, resolveu voltar à carga contra Lula e seus companheiros.
Ciro, que elogiou o TRF-4 pela “celeridade”com que julgou e condenou Lula, em um processo fraudulento, sem provas; que disse que Lula não era preso político etc. agora, declarou que Lula “está fora da realidade”, só faltando anunciar a sua decrepitude. Justamente, por ser Lula – assim como todo o povo trabalhador brasileiro – vitima do regime golpista do qual Ciro quer ser o continuador da obra de Temer e quadrilha consorciada.
De outra parte, ainda que citando Lula para colher dividendos eleitorais, setores da esquerda fora tomados de uma verdadeira febre eleitoral, buscando anunciar que as eleições estaria “no papo”, que “Haddad vai ganhar no primeiro turno”etc. De tal forma que apresentam a situação como se o afastamento de Lula, ao invés de um problema, teria sido uma solução.
Ao contrário do povo, que reconhecem em Lula uma liderança na luta contra o golpe e contra a ofensiva do atual regime, para alguns outrora declarados apoiadores de Lula, a situação teria aberto uma janela de oportunidades, para uma vitória da esquerda, para uma “nova liderança”, depois de um operário, de uma mulher, agora….
Tal conduta de alguns setores da esquerda, desconsidera a realidade, na qual a direita se fortaleceu com a cassação de Lula e a capitulação da maioria da esquerda. Ignora ou oculta o fato de que assim como não foi possível derrotar a primeira fase do golpe, o impeachment comprado da presidenta Dilma Rousseff, como não se deteve a condenação, prisão e cassação de Lula, feitas por cima da Constituição Federal e da declarada vontade da maioria do povo brasileiro, tudo isso porque não houve vontade política das direções de ultrapassar os estreitos limites das instituições golpistas (como o Congresso e o judiciário), também não é possível imaginar seriamente que a direita assistirá impassível à vitória de um candidato da esquerda que, nem de longe, possui a liderança política sobre as organizações dos explorados que tem Lula.
Esse delirio, além de mostrar uma adaptação à pressão da direita golpista, que vê com bons olhos que suas vítimas em todos esses últimos episódios acreditem que vão se dar bem em eleições por ela controladas, mostra o predomínio da politica dos defensores do “plano B” que estavam contidos em sua política de sair à caça do voto a qualquer custo para garantir seus cargos e interesses que não serviram para barrar a ofensiva da direita nos últimos anos.
Como assinalou o companheiro, Rui Costa Pimenta, presidente do PCO, em sua conta no Twitter, no dia 12: “Se diante do golpe contra Dilma e condenação e prisão de Lula tivéssemos 10% da campanha eleitoral de Fernando Haddad que está apenas hoje na rede, com certeza teria havido algum resultado. Sem falar na agressividade e tentativa de calar todos que denunciam o golpe ocorrido ontem”.
A febre eleitoral está acima dos 40 graus.
A tarefa do ativismo classista é manter os pés no chão, a serenidade diante da realidade e não perder o foco na luta fundamental na etapa atual, a luta contra o golpe e pela liberdade de Lula, que não pode ser vencida por meio de uma mera campanha eleitoral.
Para esse setor as eleições devem servir como uma tribuna de luta para fortalecer a denuncia do golpe, a fraude das eleições sem Lula e para organizar a partir dos comitês de luta, das organizações dos explorados a devida reação, nas ruas, por meio da mobilização popular, que passe por cima das ilusões e dos delírios. #LulaLivre


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