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Não há comparação entre presente e passado: foi golpe e agora não sabem dominar a serpente que criaram

Artista finaliza grafite contra Bolsonaro no Rio

Em três décadas de redemocratização, o Brasil caminhava num processo para subirmos mais alguns degraus para alcançar a plena democracia. O ano de 2016 foi crucial para quebrar a reconstrução democrática. Dali em diante, o ovo da serpente foi rompido. Esse ovo que tinha sido colocado em junho de 2013.

O impeachment de quatro anos atrás, teve amplo apoio de setores influentes da política, mídia e empresariado. O resultado foi que o filhote da serpente cresceu, tornou-se perigosa e sem controle. O veneno está a introjetar-se e causando mortes, traumas e dores irreparáveis às vítimas. O efeito Bolsonaro-tóxico contamina pessoas que até então nunca pensaríamos que iriam concordar com a falta de razão, ética e humanidade. Para ser oposição ao desgoverno basta ter uma dose de indignação e valor humanitário.

De modo direto e indireto, esses setores citados têm em grau maior a responsabilidade de ter ajudado o ocupante da cadeira do Palácio do Planalto: a serpente. Agora, não admitindo e esquivando-se da situação em que colocaram o país, agora pregam que não tinham ideia de onde chegaríamos. Na boa: não precisa ter bola de cristal ou ser um gênio futurista para prever que este governo seria governado por apedeutas e acéfalos. Na política não há amadores, todos são cobras criadas.

Miriam Leitão (por quem tenho consideração e admiração) ao lado de outros jornalistas como José Nêumanne Pinto, José Datena, Joice Hasseiman e Boris Casoy, são os porta-vozes que levaram o ódio contra o PT e os partidos de esquerda em geral. A FIESP tem o seu quinhão de culpa e distribuindo carne de primeira aos manifestantes do MBL e Vem pra rua. A história cobra a verdade que foi roubada dele. O afastamento de Dilma Rousset foi uma farsa. Ela errou em não admitir que o país estava numa crise, omitiu.

O impeachment do presidente Jair Messias Bolsonaro é um assunto que está sendo muito comentado ultimamente, seja na mídia, nas redes sociais, pela oposição e pela população que está promovendo nos últimos dias carreatas em prol do impeachment.

Uma nova doença surgiu ano passado, a Covid-19, sendo confirmada como uma pandemia em 11 de março de 2020, pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Dias após, houve medidas que decretaram o fechamento do comércio, no qual o presidente Bolsonaro sempre foi contrário a esse movimento, reclamando que governadores e prefeitos tinham esse poder em relação a população. A consequência de fechar o comércio (ou reduzir seu horário de funcionamento) é uma questão de diminuir o fluxo de pessoas e aglomerações, porém, com trabalhos parados, a população com rendas mais baixas, sentiram mais esse “baque”, ficando sem salários, pois contratos foram suspensos, e trabalhadores informais não podiam transitar atrás da compra e venda de suas mercadorias. Com isso, chegou o auxilio emergencial, proposto pelo presidente, uma renda mensal de (apenas) R$ 200,00 para cada pessoa que atendesse aos critérios exigidos, porém a oposição pressionou esse valor e ele subiu para R$ 600,00 e R$ 1.200,00 para mães que viviam com seus filhos e são solteiras (desde que se encaixassem dentro dos critérios estabelecidos). Houve nove parcelas, sendo cinco de R$ 600,00 e as quatro últimas vieram no valor de apenas R$300,00.

A corrida para a cura da Covid-19 fez com que pesquisadores e cientistas de muitos países se juntassem para encontrar a cura. O aceleramento para fazer (ou encontrar) um medicamento eficaz fez com que criassem vacinas em tempo recorde. Nesse caso, Bolsonaro apostava em medicamentos não comprovados cientificamente, como o uso da hidroxicloroquina para o combate da Covid-19, e não levava a sério assuntos da vacinação e recomendações básicas da saúde, como o distanciamento social e uso de máscara em público.

Motivos não faltam para o pedido do impeachment, como a negligência de seu governo em relação a saúde pública não só com a pandemia, mas em outubro de 2020 havia realizado um decreto no qual as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) estariam incluídas no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI). O PPI realiza privatizações de projetos, incluindo de empresas estatais à setores de logística, como ferrovias. Não demorou muito para haver oposição a esse decreto, pois conforme a Constituição (1988) não pode haver a privatização de serviços de saúde em relação ao Sistema Único de Saúde (SUS) e as UBSs pertencem ao SUS.

No real, a ideologia bolsonariana ficou nas cabeças manipuladoras dos formadores de opinião e incautos. Acreditarão em teorias conspiratórias, inimigos imaginários, terror, quem é contra o governo são comunistas e assim vai.

Sendo eleito ou não, a serpente bolsonarista continuará a colocar mais e mais ovos da sua espécie. Se o mal não for extirpado o quanto antes, será tarde demais.

Referências

AFONSO, Nathália. Verificamos: Artigo removido da revista The Lancet não prova eficácia da hidroxicloroquina contra Covid-19. Lupa. 21 de jan. 2021. Disponível em: Acesso em: 26 jan. 2021.

GOMES, Pedro Henrique; CASTILHOS, Roniara. SUS: Bolsonaro revoga decreto sobre privatização de unidades básicas de saúde. G1 e TV Globo. Brasília, 28 de out. de 2020.

Disponível em: Acesso em: 26 jan. 2021.

LEITÃO, Míriam. Impeachment pelo passado e futuro. Oglobo. 24 de jan. de 2021. Disponível em: Acesso em: 26 jan. 2021.

 (Escrito por Fabio Nogueira e Gabriel Luiz)




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