Ser Presidente do Brasil não é o mesmo que estar se divertindo com um brinquedo. O Brasil e os brasileiros são diversificados, requerem tratamento diferenciado para que suas necessidades sejam supridas e isto inclui a minoria que o “excrementissímo” senhor presidente disse certa vez que se dobraria para a maioria.
A oposição está estática. As alianças partidárias estão desfeitas, os empresários, grandes colaboradores da campanha do presidente, estão pulando do navio à deriva. O capital estrangeiro, de tão inseguro, não está investindo no país? Por qual motivo? Culpa da oposição? A herança maldita do PT? O risco de estarmos indo para o comunismo?
Quaisquer alternativas apresentadas estarão incorretas. O presidente não sabe o sentido da palavra republicano, não sabe lidar com os contrários, fica acuado com o rabo entre as pernas feito um cachorro amedrontado. Não pensa com o cérebro ou sequer deixa-o trabalhar para responder de modo racional. A saída? Uma banana na cara dos jornalistas e sociedade em geral.
As bravatas são muitas, sequer valem mencioná-las. O maior opositor do presidente é a língua dele, já que não faz o cérebro funcionar.
Em tempos de patologia contagiosa, a língua do presidente o força a afirmar que o COVID_19 é histeria da mídia conservadora, a mesma que o apoia nas reformas para tirar os direitos do povo. Afirma que não será uma gripezinha que vai derrubá-lo, depois de ter sobrevivido a uma facada. Será que ele pensa que é o Messias? Um ungido? Divindade?
O presidente paga caro em governar o país como fosse um brinquedo de estimação. A cada dia os aliados estão se distanciando mais para não serem comparados a ele. Os 30% de apoiadores devem estar se perguntando quem é este homem que elegemos? Não foi por falta de informação, pois antes mesmo de ser eleito já dizia para o que veio e para quem iria governar.
Lembram da frase: "Ou mais direito e menos emprego ou menos direito e mais emprego"? Será preciso desenhar para entender a frase?
Não queria que este presidente saísse via Impeachment, quero vê-lo sair da presidência como uns dos piores governos da história desse país, inventando mentiras e teorias conspiratórias para ganhar a eleição. Estamos testemunhando um presidente cujo o inimigo não é a oposição (está dormindo de toca), e sim, a própria língua.
(Texto escrito por Fabio Nogueira, estudante de história e professor voluntário de pré vestibular comunitário.)
