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Banda Bassotti acusada de terrorismo pelo governo ucraniano

O GRUPO ITALIANO E SUA Caravana Antifascista DE SOLIDARIEDADE E DE AJUDA HUMANITÁRIA AO POVO DO DONBASS FORAM FORMALMENTE ACUSADOS DE TERRORISMO PELO GOVERNO DE KIEV.

A Banda Bassotti é um grupo italiano de ska punk que se formou em 1987, em Roma. Eles são conhecidos por suas canções antifascistas e politicamente engajadas. Mas a história da reunião dos integrantes é um pouco mais antiga. Em 1981, um grupo de amigos operários começam a organizar nos canteiros de obras romanos ações de solidariedade contra povos oprimidos. A partir disto, o grupo operário, realiza ações junto ao povo palestino, nicaraguense e salvadorenho através da construção de escolas e residências.

Em 1987 os rapazes decidiram formar no interior desta Brigada de Trabalho uma banda inspirada em grupos de punk rock e ska socialmente comprometidas, como o The Clash e The Specials.

A célula da solidariedade internacionalista foi a semente para a fundação da Banda Bassotti e o compromisso com os povos oprimidos permanece inalterada.



Em 2014, por ocasião do golpe de estado na Ucrânia que resultou em uma guerra civil e em duas repúblicas auto-proclamadas que formam o território da Nova Rússia, a Banda Bassotti lançou a I Caravana Antifascista que levou medicamentos, mantimentos, brinquedos e material escolar para os territórios massacrados pelo governo de Kiev. Durante a caravana a banda realizou apresentações na Nova Rússia e visitou locais de conflito onde puderam testemunhar os horrores da guerra.

Comunicado de Lançamento da I Caravana Antifascista:



A Caravana Antifascista recebeu o apoio de 33 brigadistas internacionalistas que partiram de Barajas e de bandas importantes como RedSka (Itália), NH3 (Itália), Radici Nel Cemento (Itália), 99 Posse (Itália), NAO (Itália), Ska-P (Espanha), Metodo Vasili (Espanha), Nucleo Terco(Espanha), Berri Txarrak (País Basco) e Anti-Flag (EUA).

Em 2015, o governo ucraniano endureceu sua política fascista e colocou em pauta um projeto de lei que proíbe os partidos comunistas e os símbolos comunistas e/ou soviéticos. Na mesma época, houve uma escalada dos movimentos fascistas na Ucrânia, então, a Banda Bassotti então lançou a II Caravana Antifascista rumo aos territórios novorrusos, com o mesmo intento, levar ajuda humanitária e solidariedade à população.

Comunicado de Lançamento da II Caravana Antifascista:



A II Caravana recebeu apoio da torcida do AS Livorno e ganhou as arquibancadas italianas.

Em 2017, a Banda Bassotti lançou a III Caravana Antifascista que teve como integrantes, além da banda, a europarlamentar Eleonora Forenza do Partito della Rifondazione Comunista e o o ex-secretário da Federazione Impiegati Operai Metallurgici (FIOM) Giorgio Cremaschi. Diante da repercussão das edições anteriores, o governo ucraniano indicou que irá pedir às autoridades da União europeia que prenda os integrantes da caravana e os extradite para Kiev pela acusação de terrorismo em solo ucraniano.

A porta-voz ucraniana, Maryana Besta disse em Kiev, “enviamos uma nota ao Ministério das Relações Exteriores italiano em 28 de abril sobre a inadmissibilidade de violar a legislação ucraniana e exigimos que medidas fossem tomadas para impedir tal visita. Exigimos que ela fosse presa e seu grupo fosse parado antes de vir fisicamente para o Donbass.”


“Como resultado dos contatos diplomáticos, o Ministério das Relações Exteriores italiano enviou todas as autoridades competentes e organizadores desta provocação as informações relativas à responsabilidade penal por violação da lei ucraniana. A Itália sublinhou que o seu governo apoia a integridade territorial e a soberania da Ucrânia e esta posição permanece inalterada “, disse a porta-voz, Betsa, em um comentário à imprensa internacional em Kiev na noite de quinta-feira (04/05).

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores disse que o lado italiano enfatizou que esta era uma iniciativa separada de indivíduos e que de forma alguma refletia a posição oficial da Itália.

Maryana Betsa também disse que Kiev vai exigir a prisão e extradição dessas pessoas para Kiev para julgamento por acusações sob as leis antiterrorismo da Ucrânia.

Segundo meios de comunicação pró-Kiev, Eleonora Forenza, porta-voz da cultura e das comunicações no Partido da Refundação Comunista e membro do Parlamento Europeu, “visitou as áreas ocupadas de Lugansk e Donetsk durante as férias de Maio, na companhia de mais 50 comunistas italianos e um número desconhecido de músicos intoxicados”.

Eleonora Forenza

O incidente diplomático se deve ao fato de que o Donbass ser um território habitado por uma população predominantemente de língua russa na bacia do rio Donets que – como parte da guerra entre Rússia e Ucrânia – em 2014 declarou unilateralmente a sua independência da Ucrânia na sequência de um referendo não reconhecido pelo governo da Ucrânia e que não foi reconhecido internacionalmente. Kiev acredita que a Donbass um território ocupado ilegalmente por grupos armados e por forças da Federação Russa.


Em 5 de maio, a Banda Bassotti, Forenza. Cremaschi e os outros voltaram para Itália sem problemas. Não havia nenhuma força policial esperando por eles na chegada prontos para prendê-los. “Espero que o ministro das Relações Exteriores responda adequadamente a esta demanda de extradição surreal por acusações de terrorismo feito pelo governo Piotr Poroshenko” diz Forenza, acrescentando: “Nós fomos ao Donbass para levar solidariedade e apoio material ao povo, de brinquedos a medicamentos. Ficamos impressionados frente ao comunicado da porta-voz do ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Maryana Betsa, no qual verificou-se que o governo italiano, em relação aos pedidos de extradição de imprensa, apenas reiterou a amizade com Kiev “.

Para a eurodeputada italiana que também organizou uma conferência de imprensa denunciando em Roma (na Representação da Comissão Europeia), a questão, porém, é muito mais substancial: “Uma vez que na Ucrânia há ministros que são contrários aos valores do antifascismo, o ponto para nós é entender se o ministro Angelino Alfano, mas também para a Alta Representante Para Os Negócios Estrangeiros da União Federica Mogherini o nó antifascista é um valor constitucional e da fundação da União Europeia ou, se preferem manter uma relação de cumplicidade com um governo tão arrogante “.

Durante a visita da III Caravana Antifascista a Banda Bassotti recebeu condecorações do Partido Comunista e a Medalha Comandante Mozgovoy da República de Donetsk pelos em reconhecimento aos esforços de ajuda e solidariedade prestados ao povo novorrusso.

Como resposta, a Banda Bassotti está organizando uma Caravana Antifascista rumo à Bruxelas, para visitarem a sede do Parlamento Europeu, exibir os materiais completos sobre as três visitas ao Donbass e cobrar dos europarlamentares uma posição sobre a situação da população do Donbass.

Anunciamos publicamente que com a maior brevidade possível, a Caravana Antifascista se dirigirá a Bruxelas, à sede do Parlamento Europeu.

Apresentaremos nesta sede o material fotográfico e audiovisual com as experiências vivenciadas in loco das três visitas que a Caravana Antifascista realizou ao Donbass.

Donbass, bombardeado todos os dias há mais de três anos pelo Governo de Kiev. Aonde os objetivos principais desta guerra, resultam ser crianças, mulheres, famílias, civis e infraestruturas como hospitais, escolas…

Sem exército e sem nenhuma intenção de atacar a ninguém, o próprio povo tem que defender e resistir por sua própria terra, sua própria vida.

A União Europeia e os governos que a compõem são ao dia de hoje cúmplices da OTAN, do governo dos Estados Unidos e dos nazifascistas empregados contra o povo do Donbass e da Ucrânia.

Nesta Europa “justa e democrática” o governo de Kiev se apressa em aprovar uma lei para a proibição do Partido Comunista e seus símbolos.

Leis como esta, tomadas de modelos fascistas, para ofender aqueles que combateram pela liberdade e a todos aqueles do resto da Europa e do mundo, que lutaram e apoiaram.

Consideramos necessário que a Caravana Antifascista faça esta visita ao Parlamento Europeu para demonstrar uma vez mais que a Europa da sociedade civil antifascista, dos Comunistas, dos trabalhadores, dos mais necessitados estão do lado do Donbass e da Ucrânia antifascista.

Agradecemos a ajuda organizativa e o apoio e participação de Eleonora Forenza, europarlamentar da Rifondazione Comunista e aproveitamos a ocasião para convidar a todos os eurodeputados, a tomar parte na defesa da população e a revisar e contrastar qualquer decisão política que nos faça retroceder ao abismo da guerra, da destruição, da ignorância, do nazismo e do fascismo.

Durante a visita depositaremos 262 flores na mina de Marcinelle pelos 262 mineiros que perderam a vida, em grande parte emigrantes italianos e assim manter viva a memória e a história de um povo de emigrantes.

BANDA BASSOTTI – Junho 2017 – ROMA – PLANETA TERRA

NO PASARÁN!”

As imagens que ilustram esse texto mostram a atuação da Caravana Antifascista nos territórios do Donbass e contradizem a versão do Governo Poroshenko. Toda solidariedade à Eleonora Forenza, à Banda Bassotti, à Giorgio Cremaschi e aos integrantes da Caravana Antifascista.

(Via Overlab)


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