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Cada vez mais americanos estão ouvindo podcasts

Um estudo do Pew Research Center, de 2016, mostrou que os downloads estão aumentando, e a porcentagem de adultos que ouvem Podcasts tem subido de forma estável desde 2012. Essa explosão vai ser o tema da palestra “O Boom do Podcast: Perspectivas para as organizações de notícias”, que será realizada em 22 de abril no 2017 International Symposium on Online Journalism (ISOJ).
O painel, apresentado pelo diretor do Harvard Nieman Lab, Joshua Benton, vai ter os palestrantes Nicholas Quah, criador do Hot Pod, uma newsletter semanal sobre podcasts; Eric Nuzum, vice-presidente sênior de desenvolvimento de conteúdo original do Audible; Andrea Silenzi, apresentadora e produtora do podcast Why Oh Why; e Lisa Tobin, produtora-executiva de áudio do The New York Times.
Em entrevista ao Centro Knight, Quah disse que o aumento da popularidade dos podcasts não era necessariamente devido a uma mudança no meio em si, mas sim que as pessoas começaram a notar a diversidade de conteúdos oferecidos. Para cada interesse especializado — de tecnologia a relacionamentos — havia um podcast sobre o tema.
“Muita gente estava fazendo podcasts há muito tempo”, disse Quah. “Mas, desde então, houve simplesmente uma profusão de novos programas que celebram o fato de que diferentes pessoas podem publicar com esse novo meio de comunicação.”
Quando Quah fundou Hot Pod em 2014, a cobertura dessa indústria em crescimento não era muito vasta. Agora, a medida que mais ouvintes começaram a ver o valor dos podcasts, Quah disse que a atenção ao redor desse meio ultrapassou o interesse geral e mergulhou no que ele tem para oferecer no atual cenário da mídia.
Nicholas Quah do Hot Pod (Arquivo pessoal)
“A natureza do interesse em podcasts mudou da confusão sobre o que eles eram, para se dar de conta de que é uma categoria de mídia única e interessante”, disse Quah. “É diferente do resto do ambiente de mídia e oferece uma experiência diferente dentro do ecossistema de mídia. Podcasts oferecem uma oportunidade autêntica e íntima em um ambiente de mídia saturado e barulhento.”
Através do formato de série, podcasts também têm uma vantagem em relação a outros meios de comunicação: eles podem atrair ouvintes por uma parte dos episódios ao invés de arriscar perder leitores durante a leitura de algumas milhares de palavras.
“O problema é: você pode escrever uma reportagem investigativa de 1500 palavras que ninguém lê — o impacto é limitado,” afirma Quah. “Mas se você tira algo disso e transforma em uma experiência de mídia, você tem mais chances de ter um impacto.”
Além disso, Quah acredita que os parâmetros de narrativa em áudio são bastante diferentes. Quando os podcasts lançam reportagens investigativas, não é esperado que eles apresentem todas as respostas. Isso dá aos podcasts um ar de intimidade e consideração.
“Quando você faz um podcast, há espaço para estar confuso e para aceitar a dúvida durante a busca pela verdade, isso é algo raro nas mídias digitais contemporâneas,” disse Quah.
 Andrea Silenzi do Why Oh Why (Arquivo pessoal)
Para Andrea Silenzi, apresentadora e produtora do podcast semanal de relacionamentos Why Oh Why, o nível de familiaridade entre os apresentadores de podcast e os seus ouvintes é uma das coisas que mais a atraiu para a indústria.
“Com cada podcaster, há um nível de intimidade”, disse Silenzi. “A medida que você escuta, semana após semana, você se torna amigo do podcaster, você passa a conhecer e confiar nele.”
Apesar de já ter trabalhado com rádio e narrativas de áudio, Silenzi disse que a maioria dos podcasts que ela encontrou tinham um foco muito estreito e não ofereciam muitas perspectivas diferentes. Quando ela lançou o seu podcast em 2013, Silenzi disse que muitos apresentadores homens estavam falando sobre tecnologia, mas ninguém estava falando sobre os seus efeitos nos relacionamentos. Foi a partir dessa descoberta que Why Oh Why nasceu.
Desde então, Silenzi tem visto os podcasts expandirem e incluírem uma vasta gama de vozes e perspectivas diversificadas que não estavam presentes apenas alguns anos atrás. Com essa mudança, ela também viu os podcasts se adaptarem para acompanhar outras plataformas de mídia.
“Os podcasts estão começando a aceitar a loucura do ciclo de notícias,” afirmou Silenzi. “Podcasts eram vistos como algo separado do tempo e espaço e há muitos programas que eu adoro que estão começando a fazer experiências com o noticiário quente."
 Josh Benton do Nieman Lab (Arquivo pessoal)
Uma excursão pelo mundo das notícias de última hora foi desenvolvida pela palestrante Lisa Tobin, durante o seu tempo como produtora sênior de podcast na estação de rádio pública de Boston, WBUR. Em 2015, Finish Line era um podcast que oferecia aos ouvintes atualizações diárias e análises sobre o julgamento do autor do atentado a bomba em Boston, Dzhokhar Tsarnaev.
Em 2016, Tobin foi contratada como a primeira produtora-executiva de áudio do The New York Times. Anteriormente, enquanto estava na WBUR, Tobin colaborou com o Times ao ter a ideia para o seu podcast mais popular, Modern Love, como parte dos esforços cada vez maiores do jornal em narrativas de áudio.
Em um artigo de 2015 do Nieman Lab, o mediador do painel, Joshua Benton, analisou o aumento do foco em podcasts e os paralelos entre essa popularidade recentemente descoberta e a intensa fascinação que uma vez envolveu os blogs.
“O situação dos podcasts em 2015 parece muito com a situação dos blogs em 2004”, Benton escreveu. “A variedade e qualidade do trabalho sendo realizado é muito animadora; a atenção de fora está crescendo; novos formatos estão evoluindo. Nós estamos vendo a mesma liberação criativa em potencial que nós vimos com os blogs, e há bem mais trabalho de qualidade sendo feito do que qualquer um tem tempo de absorver.”
Benton acredita que há muito para se aprender com os blogs e como eles passaram de narrativas amadoras a veículos profissionais como The Huffington Post e Buzzfeed.
 Eric Nuzum do Audible (Arquivo pessoal)
Como parte do Predictions for Journalism 2017 do Nieman Lab, o palestrante Eric Nuzum escreveu que divisão entre podcasts amadores e profissionais vai começar a ficar mais clara.
“2017 vai ser o ano em que os podcasts vão se separar em camadas duras,” escreveu Nuzum. “O ano de distinção entre uma marca grande e uma marca indie. Em 2017, o que divide essas duas camadas vai ser mais relevante do que aquilo que as une.”
A medida que a indústria continua a evoluir, Quah disse que uma coisa para observar será o crescimento do impacto dos podcasts.
“Em 2017, as notícias precisam fazer mais do que apenas capturar a sua atenção, elas precisam justificar o seu tempo”, disse Quah. “Isso é para onde a cultura se moveu."
(Via Knight Center)

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