Discreto, Jacob Vieira da Silva, policial militar aposentado pela Polícia Militar de Goiás (PMGO), levava uma vida simples quando foi encontrado morto na cisterna de uma chácara na Cidade Ocidental (GO), no entorno do Distrito Federal (DF). Apesar disso, deixou um patrimônio que ultrapassa R$ 20 milhões. 

Embora se vestisse de forma simples, Silva tinha vários imóveis, entre casas, apartamentos e até prédios inteiros. Os bens estão localizados no DF, em Goiás e em estados no Nordeste. Sua riqueza vem de um esquema de agiotagem: há indícios de que ele tinha pelo menos R$ 3 milhões emprestados. Para conceder as quantias aos clientes, ele cobrava juros bastante altos.

Bastante conhecido na Cidade, Silva era procurado por quem precisava de dinheiro com urgência. Em eleições municipais da Cidade Ocidental, ele apoiava financeiramente tanto políticos de oposição quanto de situação. “Ele dava dinheiro para os dois grupos e dizia que, dessa forma, não perderia as eleições”, diz uma fonte ao Metrópoles.

Antes de ser morto, o militar havia viajado até São Paulo para comprar um lote de ônibus para participar de uma licitação de transporte escolar que ocorreria em Planaltina de Goiás, no entorno do DF. Sócio da Cooperativa de Transportes de Cidade Ocidental (Cooptrocid-GO), que prestava serviços à prefeitura municipal, ele queria expandir os negócios.Desaparecido desde 10 de julho, seu Corpo Foi encontrado na cisterna depois de uma denúncia anônima que relatava mau cheiro vindo da chácara. O corpo estava envolto em plástico, amarrado e escondido no poço. Após a descoberta por policiais, familiares confirmaram sua identidade depois de fazer o reconhecimento.

A busca na cisterna começou na segunda-feira (17) e o corpo foi retirado no dia seguinte — o volume de lama e água no poço atrasou a recuperação. A chácara pertence a um enteado da vítima, identificado como Bruno Oliveira Ramos. O caso é investigado pela 33ª DP.